Araraquara registrou em janeiro deste ano um saldo positivo no número de abertura de empresas. Foram 90 novos empreendidos, 12,5% a mais do que o acumulado no mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, o número de empresas que fecharam as portas recuou 38,8%: foram 63 dissoluções contra 103 em janeiro do ano passado.
O ano de 2019 também foi positivo para o empreendedorismo araraquarense. Conforme levantamento realizado pelo Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, entre janeiro e dezembro do ano passado, 1.225 novas empresas foram formalizadas na Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), 13,8% a mais do que o registrado em 2018, quando foram abertas 1.076 empresas. No mesmo período, 1.061 estabelecimentos encerraram suas atividades, contra 1.038 dissoluções ocorridas em 2018. No acumulado de 2019, 164 novos negócios passaram a atuar em Araraquara.
Saldo de abertura e fechamento de empresas em Araraquara (jan/2018 – jan/2020)
Fonte: Jucesp-SP. Elaboração: Sincomercio Araraquara
De forma geral, o saldo entre a abertura e o fechamento dos negócios no período que vai de janeiro de 2018 a janeiro de 2020, demonstra que o nascimento de empresas no município foi superior à mortalidade em 19 dos 25 meses analisados. Ainda assim, o alto índice de dissoluções formalizadas na Junta Comercial suscita o questionamento dos motivos que levam às instituições a encerrarem suas atividades, bem como as precauções que devem ser tomadas para garantir sua competitividade e permanência no mercado.
Do ponto de vista financeiro interno das empresas, a atenção volta-se para o capital de giro e fluxo de caixa. O primeiro, trata-se do montante de dinheiro necessário para cobrir as despesas durante um certo período, e é usado principalmente para preencher o ‘’descasamento’’ entre pagamentos e recebimentos nas operações da empresa. O segundo, diz respeito as receitas e despesas no período contábil. Assim, se as vendas superarem os gastos, o fluxo de caixa será positivo, caso contrário, negativo.
A análise de ambos (capital de giro e fluxo de caixa), permite ao empreendedor manter sob controle o nível de endividamento e a necessidade de obter empréstimos, sendo estes fundamentais para a saúde financeira da organização. Examinar o ambiente e as vantagens competitivas dos concorrentes diretos, tais como a relação com fornecedores, posição de marcas existentes, barreiras à entrada, fidelidade dos clientes e localização das firmas, são indispensáveis para posicionar e obter benefícios no ambiente de negócios.
Considerando as já conhecidas dificuldades burocráticas e tributárias enfrentadas por quem deseja empreender, a MP da liberdade econômica – aprovada pelo Senado no segundo semestre de 2019 -, visa facilitar a abertura de empresas, principalmente as de micro e pequeno porte. Também vale citar a PLS 145/2018, aprovada na última terça-feira, 20/2, que tem como objetivo a criação de um sistema eletrônico que possibilite todo processo de abertura e fechamento de empresas on-line, reduzindo o custo e o tempo para se empreender.