Já foi enviado ao Ministério da Saúde um manifesto assinado por 24 prefeitos da região de Araraquara, atendidos pela Delegacia Regional de Saúde – DRS III que tem uma população estimada em hum milhão de habitantes. O objetivo do documento, explicam os prefeitos, é obter garantias de imunização individual e coletiva como forma de proteger contra as formas moderados e graves do COVID-19, diminuindo a necessidade de atendimento médico especializado, hospitalização, internação em UTI e, consequentemente, reduzir a quantidade de óbitos e inibir o previsível colapso no sistema de saúde regional.
Assim, o grupo de prefeitos nesta região abrangida pelo Departamento Regional de Saúde III – Araraquara pede a disponibilização imediata de imunobiológicos contra o COVID 19 para a população local (dos 24 municípios) como forma de protegê-la, considerando o grande risco a que está exposta, principalmente devido ao recrudescimento da doença frente à circulação desta nova cepa que está implicando no esgotamento da capacidade assistencial regional.
Para a formalização do pedindo os prefeitos consideram o grande aumento da taxa de ocupação dos leitos de UTI COVID 19 em nosso território nesta nova onda, saindo de uma média de 46% para 93% de ocupação no espaço de 15 dias. Outro fator que reforça a reivindicação é de se reduzir a transmissibilidade do vírus, assim como a mortalidade.
Eles também entendem que a comprovação da circulação da variante P1 do novo Coronavírus no município de Araraquara e, de forma não oficial nos demais municípios da região, já que os profissionais de saúde são comuns em boa parte das instituições e a população circula de forma efetiva na região é uma prova da necessidade da vacinação.
Na verdade os governantes municipais sentem dificuldade em efetivar o isolamento social, visto que mesmo medidas mais restritivas não logram superar os 50% de isolamento e que as estratégias de comunicação não têm sensibilizado a população acerca da gravidade da situação vivenciada.
Uma outra consideração feita e inserida no documento é que está esgotada a disponibilidade de recursos humanos para a implantação de maior quantidade de leitos e que os existentes eventualmente não se encontram disponíveis devido à insuficiência de recursos humanos, haja vista o esgotamento físico e mental da força de trabalho que vem exaustivamente se dedicando ao cuidado hospitalar e ambulatorial.
Ainda que o manifesto tenha sido encaminhado ontem (quarta-feira) ao Ministério da Saúde é fato que – até esta quinta-feira, metade do dia, o governo ainda não havia se manifestado. Embora não confirmem há quem diga que os prefeitos estariam se resguardando juridicamente para não serem apontados como omissos na proteção as suas comunidades durante a pandemia.