
Foram três dias reflexão e debates sobre participação popular e economia solidária
Feira de Artesanato durante o congresso realizado em Araraquara
O 1° Congresso Internacional de Democracia Participativa, realizado no Centro Internacional de Convenção (Cear) entre 14 e 16 de março, foi encerrado na noite de sábado (16) com a assinatura da Carta pela Democracia, documento que resume as reflexões e debates feitos durante as mesas temáticas e rodas de conversa, além de projetar desafios para o futuro.
Durante os três dias de evento, envolvendo participantes de 75 cidades, cinco estados brasileiros e quatro países (Brasil, Portugal, Argentina e Bolívia), passaram pelo Cear cerca de 1.300 pessoas.
Participaram lideranças populares, movimentos sociais, representantes de conselhos municipais, dirigentes políticos, servidores públicos e representantes internacionais de diversas esferas, com o objetivo de tecerem debates e proporem iniciativas que possibilitem o enfrentamento de questões que intensifiquem o combate ao desemprego e à desigualdade social.
Além das atividades internas, 60 empreendimentos participaram da Feira Regional de Economia Criativa, Solidária e de Agricultura Familiar, além das diversas atividades artísticas.
“Foi uma grande oportunidade de ouvir relatos de experiências da participação popular na gestão pública em outras cidades do Brasil e na cidade portuguesa de Torres Vedras. A nossa crise política brasileira só será superada com a aproximação da sociedade por meio de conselhos municipais, audiências públicas ou em projetos como o Orçamento Participativo. Aqui em Araraquara, temos buscado esse caminho, a participação popular”, declarou o prefeito Edinho, agradecendo os palestrantes, as pessoas que se inscreveram e participaram do congresso, a comissão organizadora e, especialmente, a comitiva de Torres Vedras (Portugal) que esteve em Araraquara durante esses três dias.
Após as mesas temáticas, o prefeito e parceiros do evento assinaram oficialmente a Carta pela Democracia do I Congresso Internacional de Democracia Participativa: Participação Popular e Economia Solidária, na qual os envolvidos, em suas atividades de origem, assumiram como compromisso 13 diretrizes, entre eles fortalecer as instituições de representação democrática por meio de novas formas de participação popular, fortalecer parcerias, fomentar e estimular a organização de trabalhadores e trabalhadoras em cooperativas de economia social, criativa e solidária, bem como mecanismos de escoamento da produção; desburocratizar instâncias de participação popular tradicionais das gestões públicas e reforçar a importância da descentralização da política, entre outros.
A carta foi lida pela presidente do Conselho Municipal do Direitos da Mulher, Mariana Tezini. “Para além das diretrizes destacadas, reforçamos a importância de pactuar esforços para a construção de um sistema democrático mais fortalecido e com efetiva participação popular, buscando a não violação dos direitos e a inclusão dos povos historicamente marginalizados”, encerrou Mariana.
Também foi acordado que o II Congresso Internacional de Democracia Participativa: Participação Popular e Economia Solidária, em 2020, será realizado em Torres Vedras, Portugal.
“O número de pessoas reunidas no congresso mostra a relevância do tema”, declarou Edinho. “Assinamos uma carta que traça a linha condutora do nosso trabalho, daqui até Torres Vedras, em 2020, mas vamos aprimorar essas metas ainda mais, porque assim funciona a sociedade. Precisamos evoluir sempre para construir novas formas de geração de renda, de inclusão social e de exercício de poder”, finalizou o prefeito.