O empresário apresentou toda a documentação relacionada à segurança do trabalho
Para esclarecer dúvidas e especulações sobre o acidente ocorrido no dia 24 de março, com Luiz Henrique da Silva Sousa, de 24 anos, enquanto desmontava estruturas após o jogo entre Corinthians e Ferroviária, nas dependências da Arena da Fonte, recebemos na tarde desta quarta-feira (3) na redação do Portal RCIARARAQUARA, o empresário Carlos Eduardo Ferreira Santos que é proprietário da empresa Seven Eventos.
Carlos explica que sua empresa foi aberta em 2002 e nunca aconteceu um acidente de trabalho, pois todos os materiais de segurança são disponibilizados aos funcionários. Inclusive na noite do acidente, como se tratava de um evento de grande porte, ele conta que passou pela Arena da Fonte em torno das 23h, onde foi levar lanches e fazer o pagamento dos trabalhadores, cobrando também que os funcionários fizessem uso dos equipamentos exigidos pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Portanto, Carlos Eduardo desmente o fato de que os funcionários estariam trabalhando de chinelo, bermudas em sem camisa.
Na noite do acidente, disse o dono da Seven, o Luiz Henrique teria desamarrado a carga de placas dentro de um caminhão baú, embora, advertido pelos companheiros para não fazê-lo. Ele não deu ouvidos e desamarrou, foi quando as placas se soltaram, atingindo o funcionário.
O motorista da empresa teria chamado o SAMU imediatamente e enviado um carro para a casa dos familiares, para que pudessem ser avisados e levados até a Santa Casa. Dois funcionários ainda, voltaram para o hospital durante a noite para saber do estado de saúde do amigo e também para dar respaldo a família.
No dia seguinte às 7h da manhã, Carlos Eduardo chegou ao hospital, perguntando a familiares se Luiz precisava de algo; lhe foi falado que o rapaz precisaria de uma meia ortopédica, indo então até uma casa ortopédica, deixando-a deixou paga, inclusive com valor maior para que, se caso a família precisasse de algo a mais teriam crédito. Comprou também os remédios que os médicos haviam receitado.
Como o empresário tinha que viajar a trabalho naquele dia, pediu que a família de Luiz Henrique deixasse com ele o numero de uma conta bancária, para caso necessitassem de algo, seria mais fácil que ele depositasse o dinheiro onde quer que estivesse, se colocando totalmente à disposição.
Carlos apresentou relatos dos funcionários registrados em cartório
O empresário apresentou também toda a documentação referente ao funcionário, como registro em carteira, Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), RAT nova denominação para o SAT (Seguro Acidente do Trabalho), programas de segurança do trabalho, além de cartas escritas por próprio punho dos funcionários que estavam trabalhando no momento do acidente relatando o ocorrido, e registradas em cartório.
A respeito do horário do ocorrido Calos explica que a retirada do material tinha que ser feita assim que terminasse o jogo, pois trata-se de uma exigência da Polícia Militar; uma parte foi feita quando terminou o primeiro tempo, e após a evacuação do estádio, esse material deve ser retirado para que não cause acidente de trânsito ou com pedestres. E assim foi feito, “devido a isso eles estarem trabalhando nesse horário, porém recebendo hora extra”
O empresário ressalta ainda que toda assistência que a empresa deveria e poderia dar neste caso foi oferecido e não entende os questionamentos feitos por familiares, assegurando que enquanto estava viajando a trabalho, todos os dias estava em contato com a irmã do funcionário para saber da situação de Luiz e se precisavam de algo.
“Tudo que eu poderia fazer na questão de segurança do trabalho, foi feito e meus funcionários estão aí para provar, todo respaldo necessário também foi dado a Luiz” – ressaltou o empresário.
Carlos também deixou claro, que não cabe imputar responsabilidade a Ferroviária por nada que tenha ocorrido com seu funcionário dentro das dependências da Arena da Fonte.
Luiz Henrique segue internado na Santa Casa de Araraquara.