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Prefeitura diz que tudo que pode oferecer ao servidor está na sua proposta

Município em matéria da sua assessoria diz que propõe política permanente de diálogo com sindicato para garantir avanços ao funcionalismo. Ela se refere a reunião desta sexta-feira quando foi pactuado um cronograma de reuniões que garanta não só a recomposição das perdas salariais ao longo dos anos pelo funcionalismo, mas também a resolução de impasses que geram impacto no orçamento e na prestação de serviços.

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Prefeitura ainda pode recorrer da decisão

Uma mesa permanente de diálogo. Essa foi a proposta apresentada pela Prefeitura e aceita pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sismar) na manhã desta sexta-feira (06), durante encontro para apresentação e debate sobre o Projeto de Lei que prevê a nova proposta de data-base 2022, com reajuste salarial e outros benefícios para o funcionalismo. O projeto será apreciado pelos vereadores. A reunião contou com a mediação do presidente da Câmara, Aluísio Boi.

Segundo a própria Prefetura, a Comissão do Governo, propôs ao Sindicato um pacto para esse diálogo permanente a fim de garantir a construção de um caminho sustentável e favorável para restabelecer, ao longo do tempo, as perdas salariais pelo funcionalismo público. Essa mesa também terá como objetivo uma ajuda mútua, entre gestores e sindicato, na resolução dos grandes gargalos da administração que hoje geram impactos do ponto de vista financeiro e orçamentário da Prefeitura e também na prestação de serviços, como é o caso do absenteísmo do funcionalismo (faltas) e o impacto disso nas horas-extras realizadas mensalmente.

Houve a concordância de todos os presentes sobre a necessidade desse diálogo mais aprofundado e a composição de Acordo Coletivo. A mesma comissão deverá se reunir mensalmente para tratar desses temas. A primeira pauta desta Mesa Permanente será justamente a questão das horas-extras. De acordo com a secretaria de Governo, Planejamento e Finanças, só neste mês foram realizadas 45 mil horas extras e o impacto disso no orçamento foi de R$ 2,5 milhões aproximadamente.

NOVA PROPOSTA

De acordo com a Comissão da Prefeitura, a nova proposta de Data-Base 2022 reflete o máximo que a prefeitura pôde fazer neste momento de imensas dificuldades financeiras e também orçamentárias.

A Prefeitura diz que vai garantir 10% de reajuste, sendo 5% em agosto e 5% em março de 2023, já que é no início do ano que, tradicionalmente (em Araraquara e em todos os demais municípios), há a recuperação do fôlego em arrecadação municipal (Com entrada do IPTU, IPVA, ISQN, etc).

Ciente das dificuldades advindas da maior inflação dos últimos 20 anos, que assola o país inteiro, com redução do poder de compra da classe trabalhadora, a Prefeitura assegura que entendeu como importante ser imediata a implementação, já para junho (com mês de referência maio), o aumento do piso salarial do funcionalismo que sai de R$ 1.089,00 para R$ 1.302,64 (20% de aumento – maior que o solicitado pelo Sindicato na primeira proposta e também maior que o piso nacional) e o Vale-Alimentação com 37% de aumento, passando num primeiro momento de R$ 540,00 para R$ 740,00 e depois, em março de 2023, para R$ 770,00, significando 42% a mais no poder de compra real e mais alimento na mesa dos trabalhadores, argumenta o município.

Importante frisar, diz o governo municipal, ainda o pagamento retroativo a janeiro do piso nacional aos professores da Rede, a redução de 10% no horário padrão do funcionalismo e ainda as 30 horas dos funcionários da Fungota, reivindicação história dos servidores da Fundação, dentre outras descritas abaixo. 

EIS A PROPOSTA REDIGIDA PELO GOVERNO MUNICIPAL

Reajuste do piso salarial do funcionalismo, que passará de R$ 1.089,00 para R$ 1.302,64 já no mês de junho (mês de referência maio).

– Vale lembrar que o piso não pôde ser reajustado nos últimos dois anos por força da Lei Federal 173, que impedia qualquer realinhamento de gasto com Folha de Pagamentos durante período de pandemia.

– Também importante frisar que o piso do funcionalismo de Araraquara passa a ser maior que o estadual (R$ 1.284,00) e também maior que o salário mínimo nacional (R$ 1.212,00). 

Reajuste retroativo a janeiro de 2022 de 33,24% no piso salarial do magistério da rede pública de educação básica, que passará a R$ 3.845,66.

Aumento de 37% no Vale-alimentação já em junho de 2022 (mês de referência maio) para todos os servidores. Em março de 2023 terá novo reajuste e significará um aumento de 42%.  

– O Vale-alimentação passará de R$ 540,00 para R$ 740,00 de imediato. Em março de 2023 passa por um novo aumento e significará R$ 770,00.

– Como ele será composto? O vale passará de R$ 420,00 para R$ 440,00 e o bônus-alimentação, vinculado à assiduidade, passará de R$ 120,00 para R$ 300,00, totalizando os R$ 740,00 propostos. Em março de 2023, ele sai de R$ 300 e passa a ser R$ 330,00, totalizando os R$ 770,00.

Reajuste de 10% no dissídio coletivo, sendo 5% em agosto de 2022 e outros 5% em março de 2023.

 Política de promoção de classe PCCV

 – São 1.076 servidores que subirão 16 referências e terão aumento de 17,7%.

 Redução de 10% na carga horária padrão o funcionalismo, passando de 40 horas semanais para 36 horas semanais

 Carga horária padrão de 30 horas semanais para servidores da Fungota

Implementação da jornada de 30 horas semanais para as categorias contempladas no PCCV

Redução da jornada laboral para os ocupantes do emprego público de Leiturista Entregador do Daae

Gratificação de função na atividade de professor formador (20%)

Aumento do adicional para os profissionais da educação que atuam no campo (de 10% para 20%)

Manutenção do subsídio o plano de saúde dos funcionários que hoje significa R$ 3,1 milhões

Todos os benefícios juntos significam um impacto nos gastos com funcionalismo na ordem de 23,25%.