valor dos alimentos essenciais na mesa dos araraquarenses caiu. É o que mostra o levantamento de dados realizado pelo Núcleo de Economia do Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio),que analisou 31 produtos de diferentes marcas em 9 supermercados locais. De acordo com a pesquisa, o valor médio anual da cesta básica do município passou de R$ 539,62 em 2016 para R$531,41 em 2017, representando uma queda de 1,52%.
Para Délis Magalhães, economista do Sincomercio, determinados acontecimentos de 2017 exerceram influência direta no resultado, tais como a recuperação de alguns agregados macroeconômicos, tanto na economia brasileira quanto na do município, como o processo de desaceleração da taxa de inflação, que fez o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechar dezembro em2,95% – uma das menores taxas em quase duas décadas – e os bons resultados da safra agrícola.
Variação Anual – Cesta básica/IPCA em 2017
Fonte: Núcleo de Economia do Sincomercio-Araraquara.
A pesquisa revela ainda que a redução observada foi puxada principalmente pelo setor alimentício, com queda de 2,56% na comparação entre 2017 e 2016. As categorias de limpeza doméstica e higiene pessoal apresentaram aumentos de 2,66% e 1,97% respectivamente.
Já em relação ao preço dos alimentos, a batata (-50,80%), o feijão carioquinha (-35,34%), a cebola (-34,17%), a farinha de mandioca (22,98%), café (18,18%) e o leite em pó (9,89%) apresentaram as variações mais relevantes. “Como os cinco primeiros são de origem agrícola há uma época ideal para o plantio e para a colheita. No período da safra, por haver maior disponibilidade do produto, o preço acaba maisatrativo para o consumidor. No entanto, quando há pouca oferta, seu valor aumenta”, explica a economista.
Variação Anual (2016/2017) – Por Produtos:
Fonte: Núcleo de Economia do Sincomercio-Araraquara.
Perspectivas 2018
As alterações nos preços da cesta básica afetam os hábitos alimentares das pessoas. Por isso, com aredução registrada, o consumidor percebe um aumento em seu poder de compra, tão bem-vindo em um momento no qual os níveis de emprego continuam em recuperação e pequenas economias fazem diferença no orçamento.
Para 2018, a tendência é de estabilidade. “Como em 2017 as quedas foram em grande parte consequência da safra recorde, a tendência é de que os preços fiquem mais estáveis este ano. Mas, como vários fatores influenciam no desempenho do setor alimentício, existe a possibilidade de oscilações de preço ao longo do ano”, alerta Délis.