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Sessão da Câmara: Denúncia de assédio, fim dos canudos e Data Base dos servidores

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Renata merenda

Renata merendaRenata Pereira Barbosa servidora municipal denunciou o assedio moral a qual estão expostas 

Como é de costume em época de data base dos servidores públicos, a Câmara fica em polvorosa, até porque o que deveria ser discutido entre prefeitura e Sismar, foi jogado no colo dos vereadores.

A Tribuna Popular foi ocupada pela merendeira Renata Pereira Barbosa,  que é servidora municipal e falou sobre o desmonte da categoria, sujerindo a implantação de um piso salarial base de R$ 1.300,00. “Isso parece um ganho, porém, outros aspectos do plano (PCCV), colocam em cheque nossa renda e não contemplam nenhuma melhoria em nossas condições de trabalho”, garantiu.

Disse também que elas vivem um ano de total desmonte e negligências, pois, o número é insuficiente para desempenhar o serviço. “Tivemos várias servidoras readaptadas pelo SESMT que adoeceram por conta do trabalho e outras tantas que aderiram ao Plano de Demissão Voluntária (PDV). Esse quadro de funcionários não foi reposto, sobrecarregando e adoecendo aquelas que ainda estão nas cozinhas.”

Renata denunciou ainda assédio moral, quando expôs situações que, segundo relato de colegas de trabalho, quando questionam ou se recusam a fazer o trabalho nestas condições são ameaçadas e coagidas, “um verdadeiro assédio moral, ora pela administração da pasta, ora pelas diretoras das unidades”.

Merendeiras capaMerendeiras que estavam no plenário da Câmara ficaram em pé durante a fala da companheira em sinal protesto

Renata ressaltou que o prefeito de Araraquara, que faz parte de um partido que nasceu nas bases de um sindicato, não representa os trabalhadores. Fala essa que não agradou os petistas Thainara Faria e Toninho do Mel que fizeram a defesa do partido e foram vaiados pelos servidores presentes.

Sismar CamSismar não entende como legitimo projeto que Edinho protocolou na Câmara

Representantes do Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (SISMAR) estiveram na Câmara Municipal de Araraquara, nesta terça-feira, dia 7, pouco antes da Sessão Ordinária, para falar sobre os dez projetos que a Prefeitura apresentou na Casa de Lei, sobre a carreira do servidor municipal (Estatuto do Magistério Municipal, Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos da Prefeitura, da Educação e do Departamento Autônomo de Água e Esgoto-DAAE; Estatuto e o Plano Unificado de Carreira, Cargos e Vencimentos; organização da estrutura administrativa do Poder Executivo Municipal e do DAAE, e a readaptação funcional dos servidores.

Segundo matéria enviada pela Prefeitura de Araraquara ela propunha reajuste salarial acima da inflação e tíquete (vale-alimentação) de R$ 520 para os servidores municipais. O anúncio foi feito pelo prefeito Edinho no dia 26 de abril, em reunião com o Comitê de Gestão Democrática, formado por servidores de todos os setores do serviço público. Na realidade o projeto enviado a Casa é diferente do exposto e que segundo o Sismar “no projeto do prefeito, o reajuste salarial é parcelado: 2% em maio de 2019, outros 1,5%  em janeiro de 2020 e mais 1,5% em fevereiro. Aumento no tíquete, só em fevereiro de 2020”.

Agnaldo Andrade, presidente do SISMAR, afirmou que o sindicato e o Comitê de Gestão Democrática, formado por servidores municipais, não entendem como legítimos os projetos protocolados na Câmara, por não corresponderem às propostas construídas ao longo das reuniões. Falaram também sobre os projetos que tratam da instituição do bônus alimentação, reajuste do vale-alimentação e reajuste do salário do servidor, da ativa, pensionistas e aposentados. “Isso mexe com a vida do servidor. Antes de enviar para a Câmara, este projeto precisa ser discutido com o servidor. E isso não foi feito. É temerário a Câmara discutir os projetos da forma como foram apresentados, principalmente por não estarem legitimados pela categoria”, apontou Andrade. 

O sindicato afirma ter conversado com todos os setores da Prefeitura e que o governo municipal não teria feito isso. Assegurou ter uma pauta de 61 reivindicações, a maioria sem impacto financeiro. Destacou que algumas delas tratam, por exemplo, de doenças profiláticas, como dengue ou conjuntivite, que faria com que o servidor venha a perder o bônus-alimentação, se faltar por doença.

Na próxima terça-feira (14), às 18 horas em frente à Câmara haverá uma assembleia dos servidores e consequentemente a movimentação na Casa de Leis será intensa.

 Rafa certoGuerra aos canudos

Em primeira votação o projeto de lei complementar de autoria do vereador Rafael de Angeli (PSDB), que obriga os restaurantes, lanchonetes, ambulantes e bares da cidade a utilizarem e fornecerem aos clientes canudos, confeccionados em papel ou em material biodegradável, foi aprovado por unanimidade.

Angeli ressalta que “muita gente argumenta que os canudos representam pouco no cenário geral de poluição plástica, mas é preciso começar por algum ponto, e este tem sido o início adotado por vários países, cidades e até multinacionais”.