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Será sepultado nesta quarta, Perci Lima, um dos astros do futebol amador

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Perci Lima 133

No tempo em que o futebol amador de Araraquara viveu sua mais importante fase, Perci era consagrado por Arino, Urias, Laurindo, Rui, Zéca Tampellini, Galo, Maneco, Lito, Liminha, Lelei e Tom Mix, um craque.

Perci Lima 133Arino (presidente do Andaray), Urias, Laurindo, Perci, Rui, Zeca e Galo; Maneco, Lito, Liminha, Lelei e Tom Mix

Araraquara perdeu nesta quarta-feira (09) um dos maiores atletas do futebol amador de todos os tempos: Percival Caratti de Lima, o “Perci”, como o conheciam, principalmente quem com ele conviveu durante os anos 50/70 nos gramados da cidade e região.  Irmão do Liminha (Demerval Caratti de Lima), foi um atleta exemplar e membro de uma das famílias mais tradicionais da cidade.

Perci na verdade começou no juvenil da Ferroviária, contudo, num tempo em que ser jogador de futebol não dava muito dinheiro, optou trabalhar e deixou de lado o sonho de brilhar em times grandes. Em 1957, no emergente futebol amador, passou a integrar o Esporte Clube Andaray, fundado por Arino Rodrigues e que chegou a ser tri-campeão na cidade. O time era formado pelos atletas mais cobiçados da várzea, entre eles os dois irmãos Liminha e Perci.

Certo dia, Perci contou que o Andaray tornou-se ao longo de uma existência de quase 20 anos num dos mais famosos e carismáticos times de futebol amador representando o bairro do Carmo. Seu começo foi nos “bate-bolas” em terrenos baldios da Rua Pedro Álvares Cabral, a Rua 10. O primeiro jogo de camisas e a primeira bola foram doados pelo pai do fundador, Namedes Rodrigues.

Reuniões, campanhas, negociações e promoções, tudo seguia um ritual no Bar do Joanico, na Avenida Sete de Setembro, sede do time. Até mesmo a concentração dos torcedores que rumariam para o Estádio Municipal era feita alí; tanto na ida, quanto na volta, depois dos jogos, quando diretores, jogadores e torcedores “lavavam a roupa”, tudo com o maior respeito, afinal “dona Maria”, esposa do Joanico fazia parte do atendimento familiar. No bar também eram guardados os troféus conquistados pelo time.

Foi neste ambiente do Bairro do Carmo que Perci e Liminha cresceram e viveram quase toda vida. E foi lá também que ele e o irmão certo dia decidiram com outros companheiros criar o Benfica, pois Arino – o dono do Andaray – se transferira para São José do Rio Preto. Com o Benfica, para onde foi a totalidade dos jogadores, os dois irmãos foram campeões várias vezes.

FAMÍLIA

Perci com 78 anos de idade, deixa viúva Izabel de Paula Lima, os filhos Alexandre, Fernanda e Rodrigo, além de cinco netos. Seu corpo está sendo velado na Funerária Bom Jesus (Rua Humaitá esquina com Avenida São Paulo) e o sepultamento dar-se-á às 16h no Cemitério São Bento. À família enlutada os nossos sentimentos.