
Apesar da suspeita de um suposto caso de varíola do macaco que estaria sendo monitorado em uma unidade hospitalar de Araraquara durante esta semana, a secretária municipal de Saúde Eliana Honain negou qualquer ocorrência da doença em Araraquara.
“Não temos caso confirmado nem caso suspeito aqui na cidade. Na região pode até ter. Estamos sendo monitorados. Já temos protocolo. Temos uma equipe capacitada para saber o que vai fazer e como encaminhar. O fluxo está pronto. Infelizmente a gente tem que se preparar para essa nova realidade, mas não tem caso confirmado”, disse Honain.
Nesta sexta-feira (29), o Ministério da Saúde registrou a primeira morte no Brasil em decorrência da varíola dos macacos. Segundo as primeiras informações, trata-se de um homem de Uberlândia/MG. A vítima tinha várias comorbidades e estava com a imunidade baixa. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), apenas cinco mortes ocorreram no mundo devido à doença.
A Prefeitura de São Paulo também confirmou, na noite desta quinta-feira (28), três casos de monkeypox em crianças. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, todas estão sendo monitoradas e não têm sinais de agravamento. São os primeiros casos registrados em crianças na capital.
“No último sábado (23), a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que a doença é uma emergência de saúde pública, de caráter global. Com a nova realidade internacional, busca-se aumentar a coordenação entre os países e reforçar os mecanismos de busca ativa, com o objetivo de implementar medidas que ajudem a conter a circulação do vírus”, diz o comunicado.
No Brasil, o maior número de casos ocorre no Estado de São Paulo (823), seguido pelo Rio de Janeiro (124) e Minas Gerais (44).
ESTADO DE SP
No estado de São Paulo, mais de 30 municípios já confirmaram casos do vírus da monkeypox. Ribeirão Preto e em São Carlos, cidades próximas a Araraquara, já confirmaram casos da doença.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a capital paulista é a cidade com o maior número de pacientes confirmados. Porém, segundo informações da pasta, “todos os pacientes estão com boa evolução do quadro e são acompanhados pelas vigilâncias epidemiológicas dos respectivos municípios”.
DOENÇA
O vírus faz parte da mesma família da varíola e não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. Isso ocorre entre pessoas e o atual surto tem prevalência de transmissão pelo contato sexual.
PREVENÇÃO
– Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele;
– Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença;
– Higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel;
– Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos e objetos pessoais;
– Uso de máscaras para proteger contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.
SINTOMAS
O principal sintoma é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus.
A doença também provoca caroço no pescoço, axilas e virilhas, febre, dor de cabeça, calafrios, cansaço e dores musculares.