
A nossa cidade, que pela atuação do seu Sindicato Rural tem grande representatividade junto à Faesp/Senar, sediou em maio o encontro de 18 presidentes de sindicatos rurais do interior
Luiz Andia, gerente regional do Sebrae, durante o evento no Sindicato Rural
A convite do sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar, os presidentes de Sindicatos Rurais de pelo menos 18 municípios no interior, participaram em maio de uma reunião realizada no auditório do Sindicato Rural de Araraquara para apresentação da nova sistemática do Programa Anual de Trabalho – PAT – para 2019.
O tema do encontro pautado pelo Senar SP – Diagnóstico Social, Econômico, Técnico, Ambiental e Administrativo, visa coletar informações sobre a atividade rural em município considerado base. Foram selecionados estes itens para que o órgão tenha dados que possibilitem a formatação de um planejamento a ser colocado em ação a partir do ano que vem.
APRESENTAÇÃO
Em Araraquara o evento foi aberto pelo superintendente do Senar SP, Mário Biral que agradecendo a presença de presidentes e coordenadores dos sindicatos, abriu espaço para que cada um fizesse sua apresentação, bem como do sindicato representado. Como anfitrião, Nicolau de Souza Freitas, presidente do Sindicato Rural de Araraquara, destacou estar orgulhoso em sediar o encontro. Em seguida, além de enaltecer a missão do Senar e da Faesp, o presidente lembrou que era um momento único receber 18 coirmãos do nosso Estado, fato que demonstra ser Araraquara uma cidade privilegiada por acolher tantas lideranças.
No protocolo foram registradas as presenças de Araraquara, Mirassol, Tabapuã, Monte Azul Paulista, Borborema, Itápolis, Ibitinga, Taquaritinga, Guariba, Ribeirão Preto, Sertãozinho, Batatais, Orlândia, Bocaina, Jaú, Dois Córregos, Torrinha e Santa Rosa do Viterbo, que possuem sindicatos considerados base.
Cada sindicato a partir de agora, terá a responsabilidade de coletar informações na Casa da Agricultura, Prefeitura Municipal, Secretaria da Educação, Secretaria da Promoção Social, IBGE, Censo Agropecuário 2017, Lupa, SAA, Cooperativas, Associações, Secretaria do Meio Ambiente e até mesmo pela internet. Em toda sua área de abrangência, o Sindicato Rural de Araraquara deverá desenvolver um plano de trabalho, explicou Carlos Nivan Maia, consultor/auditor, conferencista e palestrante com atuação marcante no âmbito das Entidades do Sistema “S” e onde tem ministrado conferências, palestras e cursos, em especial os Sistemas Fiesp-Sesi-Senai/SP; Findes-Sesi-Senai; Faesp-Senar-Sindicatos Rurais e Sebrae SP.
Nicolau de Souza Freitas, o consultor Nivan Maia e Mario Biral, superintendente do Senar SP, recebendo os sindicatos do interior
COMO SERÁ
A primeira etapa de implantação desde programa a partir de março do próximo ano, disse Nivan Maia, visa organizar todos os trabalhos ao longo de um ano. Para isso, as primeiras ações estarão centradas em reuniões com os funcionários de cada sindicato para formatação do plano.
Segundo ele, o sindicato terá que fazer sua apresentação jurídica em um relatório, pontuando dados do município e adentrando na atividade agro com dados climáticos, vias de acesso, estradas principais e vicinais, além de aquíferos, definindo as áreas agrícola e pecuária regional.
A descrição de cada propriedade deverá obedecer a estrutura agrária, apontando as faixas etárias de tamanho das mesmas. É importante lembrar que a SAA, através da CATI, está na iminência de publicar um novo LUPA, que seria o ideal para a obtenção destes dados, destacou o palestrante. Muitas inferências podem ser tiradas dos dados contidos nesta etapa, principalmente o quantitativo de atendimento de agricultores pelos cursos e ações do Senar. A Casa da Agricultura é um referencial muito positivo nesta fase, comentou ele.
“Trata-se de um aprofundamento dos dados da produção agrícola e pecuária, listando as principais e secundárias, portanto, a menção das áreas por cultura e por exploração pecuária”, completou.
Para João Henrique de Souza Freitas, coordenador regional do Senar, de suma importância é a descrição do nível tecnológico de cada cultura, o que vai precisar de um relato técnico prestado por profissionais das áreas respectivas.
Evidentemente, comenta o coordenador, que o nível tecnológico diferencia-se conforme a propriedade considerada, não possibilitando descrever uma única tecnologia. Esse aspecto irá refletir nos conteúdos dos cursos do Senar SP, à medida que as tecnologias sejam diferenciadas, conforme o público considerado.
Durante o encontro no auditório do sindicato, falou-se que a questão ambiental é tópico importante dentro do diagnóstico, mesmo porque o Código Florestal impôs o CAR (Cadastro Ambiental Rural) e os produtores tiveram que limitar parcela da área da propriedade para atender os determinantes do código.
Trata-se de uma questão de qualidade de vida à obediência às regras, daí sua imposição.
Para o palestrante Nivan Maia, a descrição do passivo ambiental e os serviços de recuperação através da administração dos órgãos de controle, é um trabalho que o Senar SP pode vir apoiar com curso de capacitação e treinamento dos produtores e trabalhadores rurais. Assim, a questão da saúde e da educação constitui providências a serem levadas em consideração no plano de trabalho da organização que representamos.
Outro item a ser diagnosticado é o número de ações na área da Saúde por meio do Programa Promovendo a Saúde no Campo, que aumentou significativamente. “Temos que ter portanto uma radiografia desta questão naquelas pessoas localizadas no território espacial do Sindicato Rural. O contato com a Secretária da Saúde evidenciando as condições sanitárias e as providências necessárias, devem ter um caráter muito evidenciado”, finalizou Nivan.
João Henrique de Souza Freitas recebendo os coordenadores regionais do Senar