
De 24 a 28 de junho, palestras na Biblioteca Mário de Andrade debaterão riscos oferecidos por escorpiões e como evitá-los
O escorpião amarelo, o mais perigoso de todos
Entre os dias 24 e 28 de junho, o Centro de Controle de Fauna Sinantrópica (órgão da Secretaria Municipal de Saúde), realiza, em Araraquara, a 1ª Semana de Escorpionismo.
O evento, aberto ao público em geral, será realizado na Biblioteca Municipal Mário de Andrade, com palestras temáticas e alertas sobre os riscos de acidentes provocados por escorpiões.
Considerado a espécie mais violenta no município, o escorpião amarelo, ou Tityus serrulatus, é uma das seis espécies que predominam em Araraquara.
Vale destacar que para evitar criadouros de escorpiões em terrenos baldios, residências ou quintais, é importante que o lixo seja colocado no próprio lixo, principalmente o orgânico, que atrai baratas, principal alimento do escorpião.
O analista administrativo do Centro de Controle de Fauna Sinantrópica, José Maria Torres, reitera ser comum pessoas varrerem o lixo dos quintais para a rede de águas pluviais, incluindo fezes de animais que alimentam as baratas.
Além de galerias de águas pluviais, o escorpião costuma se alojar também embaixo de restos de entulhos, como pedras, tijolos, telhas ou madeiras, todos acumulados em fundos de quintais e em terrenos baldios, aumentando os riscos à população.
“Além de dar destino correto ao lixo doméstico, as pessoas precisam vedar ralos e colocar rodinhos nas portas de residências, vedar também grelhas dos ralos dos quintais, por onde são escoadas as águas das chuvas, para impedir o acesso de escorpiões no interior das casas”, explica Torres.
PROCEDIMENTO
Uma picada do escorpião amarelo pode ser fatal para os humanos, principalmente crianças com menos de dez anos de idade e idosos.
Em Araraquara, a vítima da picada deve primeiro lavar o local com água e sabão e procurar tratamento médico imediato na UPA da Vila Xavier.
Durante os cinco dias da 1ª Semana de Escorpionismo de Araraquara, José Maria Torres e o biólogo Rodrigo Ilho, também do Centro de Controle de Fauna Sinantrópica, ministrarão palestras diárias sobre o tema.
Interessados em participar ainda podem se inscrever através do email sinantropicosaude@araraquara.sp.br, ou pelo telefone (16) 3331-3820.
Ainda de acordo com Torres, embora Araraquara seja considerada uma “região escorpiônica”, ultimamente o Instituto Butantã de São Paulo tem registrado crescimento no número de vitimas de escorpiões em todo o País.
De Araraquara, o Centro de Controle de Fauna Sinantrópica envia mensalmente ao Butantã cerca de 150 escorpiões, cujo veneno é utilizado para produzir o soro antiescorpiônico utilizado no tratamento de vítimas.