As perspectivas recorrentes de quebra de safra no segundo maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, a Índia, continuam pressionando as cotações da commodity que fecharam a última sexta-feira (3) em forte alta nas bolsas internacionais.
Em Nova York, na ICE Futures, o açúcar bruto, vencimento maio/23, foi contratado na sexta-feira a 20,92 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 61 pontos, ou 3%, no comparativo com a cotação do dia anterior. Já a tela julho/23 subiu 50 pontos, negociada a 20,25 cts//lb. Os demais contratos subiram entre 11 e 36 pontos.
Segundo analistas ouvidos pela Reuters, “mais de duas dúzias de usinas em Maharashtra pararam a moagem de cana até o final de fevereiro, quase dois meses antes do ano passado, disse um alto funcionário do governo estadual”.
“Até agora nesta temporada, porém, as usinas indianas produziram 25,8 milhões de toneladas de açúcar, um aumento de 1,8% em relação ao ano anterior, informou a Indian Sugar Mills Association”, destacaram os analistas da Reuters.
Em Londres na ICE Futures Europe a sexta-feira também foi de alta em todos os lotes do açúcar branco. O vencimento maio/23 foi contratado a US$ 588,40 a tonelada, valorização de 15,60 dólares, ou 2,7%, no comparativo com os preços de quinta-feira. Já a tela agosto/23 subiu 13,20 dólares, negociada a US$ 575,70 a tonelada. Os demais contratos subiram entre 6,10 e 10,20 dólares.
MERCADO DOMÉSTICO
No mercado interno a última sexta-feira foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 130,52 contra R$ 130,40 de sexta-feira, valorização de 0,09% no comparativo entre os dias.