Como a vida é cercada de curiosidades, onde as pessoas, pelo menos grande parte, agem com o mesmo instinto, a mesma determinação e quase sempre com os mesmos vícios e costumes.
Me lembro quando a Janja, mulher do Lula, se dispôs a criticar a Michelle Bolsonaro por ter levado sofá, cama e outras tantas coisas que segundo o casal, faziam parte do cenário decorativo do Palácio da Alvorada.
Pois bem, sem sofá para sentar e cama para dormir, Lula e Janja, decidem suprir a ausência da cama e do sofá, por outras peças e compram cinco móveis por R$ 196.770. Compraram também um colchão, sob a alegação que a compra era necessária pois o que sobrou na casa presidencial se deve ao “péssimo estado de manutenção encontrado”.
Os itens foram comprados neste ano em lojas de um shopping de design e decoração em Brasília. Os sofás, com mecanismo elétrico reclinável para cabeça e pés e revestido em couro, custaram um R$ 65.140 e outro R$ 31.690, de acordo com o tamanho.
A nota da presidência é lacônica – “A ausência de móveis e o péssimo estado de manutenção encontrado na mobília do Alvorada exigiram a aquisição de alguns itens. Os móveis adquiridos agora integram o patrimônio da União e serão utilizados pelos futuros chefes de Estado que lá residirem”, informou a pasta em nota”.
É verdade que não vamos entrar no mérito da questão, gosto é gosto e não se discute, pois há casos em que governantes nas suas cidades de origem acabam trocando a cor dos prédios públicos, outros trocam a cor da frota de veículos, como é o caso de uma prefeita que por gostar da cor da rosa, mandou pintar a ambulância no tom da sua preferência e até os carros da Guarda Municipal passaram a ser no tom rosa.
Imaginem a bronca do guarda-municipal tão macho e valente fazendo ronda com uma viatura rosa.
Só que no caso de Janja e Lula as coisas mudam – é a orgia com dinheiro público. Creio que ao longo das suas vidas, acredito eu, tenham dormido em colchão de palha e sentados em sofá de curvim. Era o que podiam comprar com o dinheiro que tinham, ele enquanto metalúrgico ou bem antes, na adolescência nordestina.
Tudo agora é diferente, não sou eu que pago, pode pensar o presidente. Coloca o sofá na conta de quem tem um casebre na periferia e paga imposto; daquela pipoca que vendo num surrado carrinho ou da pipoca que eu como, pago imposto e também a cama.
Numa espécie de o coro sai da correia dá lhe Brasil que ao completar 523 anos na sexta-feira, ainda é explorado. E com o suor da sua gente faz da realidade os sonhos e as fantasias dos governantes.
Lamentável o que Janja e Lula fizeram. Mas, isso faz parte de uma cultura miserável, de gente que sofreu as consequências da miséria e agora vão ao pote e se lambuzam. É o meu país.
*Ivan Roberto Peroni, jornalista e membro da ABI, Associação Brasileira de Imprensa
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