Considerada a rainha do rock brasileiro, a cantora e compositora Rita Lee faleceu na manhã desta terça (09), aos 75 anos. Lutando contra um câncer no pulmão, ela deixa o marido, Roberto de Carvalho, com quem teve três filhos: João, Antônio e Beto Lee. Logo após o anúncio, fãs araraquarenses passaram a escrever postagens em homenagem à artista.
“A gente conhece os artistas pela sua arte. Eles são mães, pais, avós, irmãos, tudo isso. Mas a essência verdadeira, aquilo que não ousariam confessar a muitos dos que convivem com eles, está na sua arte. Temos a sorte de ter convivido em um tempo em que gigantes caminhavam sobre a Terra. Gigantes que podem até partir, mas dos quais nunca nos despediremos, como é o caso da Rita Lee”, reflete o jornalista Roberto Schiavon.
“Terça enlutada, em tom menor: morreu a Eterna Mutante e Rainha do Rock Tupiniquim! Descanse em Paz, Rita Lee! Sem mais palavras! É botar os bolachões pra rodar e celebrar teu legado de atitude e irreverência”, completa o aposentado e colecionador de discos Valdir Ramos. “Não é fácil te dizer adeus Rainha Rita Lee, inesquecível e imortal”, finaliza o músico André Peres.
Rita Lee ganhou mais de 20 prêmios ao longo da carreira, incluindo dois Grammys. Além de carreira de sucesso como solista, fez história com as bandas Tutti Frutti e Os Mutantes. Participou como atriz de novelas famosas como Top Model e Vamp, e em cerca de 10 filmes. Rita também revolucionou a cena feminina na música ao ser uma das poucas mulheres de sua época a tocar guitarra.
É dona de vários sucessos como “Ovelha Negra”, “Doce Vampiro”, “Mania de Você”, “Amor e Sexo”, “Erva Venenosa (Poison Ivy)”, “Pagu”, “O Amor em Pedaços”, “Agora só falta você”, “Minha Vida (In my life)”, “Jardins da Babilônia”, entre muitos outros hits históricos. Vários álbuns também foram lançados em seu tributo, como “Baby, Baby”, de Lulu Santos (em 2017); e o musical “Rita Lee Mora ao Lado”, estrelado por Mel Lisboa (2014)
Em sua autobiografia, lançada em 2017, escreveu sobre sua morte: “nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los”.
