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O empoderamento feminino

Por Endrigo Zapata

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O provérbio que diz o seguinte: “Atrás de um grande homem, sempre há uma grande mulher”, na minha concepção – e na de muitas pessoas – comete o pecado de colocar a mulher em segundo plano, praticamente ignorando que grandes mulheres se constroem e não precisam viver à sombra de homens. A sociedade, sendo plural, tem de oferecer as mesmas condições de crescimento intelectual igualmente para mulheres e homens.

Empoderamento não significa apenas “ter dinheiro” para poder crescer. O empoderamento feminino se adquire desde que a sociedade crie condições para que a mulher desenvolva plenamente seu potencial. É isso que a permitirá não ser submissa, jamais, a quem quer que seja, principalmente a homens egoístas e autoritários.

Numa sociedade democrática e moderna, homens e mulheres lutam lado a lado para construir uma sociedade justa, solidária e com inclusão social. Na História da Humanidade, esse sempre foi e continua sendo um objetivo a ser alcançado numa ou noutra proporção, a depender do regime social.

Na Grécia antiga, as diferenças entre homens e mulheres eram imensas: elas não tinham direitos jurídicos, não recebiam educação formal, eram proibidas de aparecer em público sozinhas, etc. No Brasil, até o ano de 1932 as mulheres não tinham o direito de votar. Mas, o mundo gira e avança. As mulheres brasileiras conquistaram o direito de votar.

Nos países socialistas, o Parlamento sempre teve ampla representação feminina. Em Cuba, por exemplo, o número de mulheres deputadas no Congresso Nacional é maior que o de deputados-homens.

Em um mercado predominantemente machista, como é na quase totalidade dos países capitalistas do mundo, a organização social, através de movimentos populares e progressistas, capacita muitas mulheres na luta pela redução da desigualdade e incentivando a diversidade de gênero.

Elevar o status da mulher por meio da educação, da conscientização, da alfabetização e através da inserção da mesma na sociedade, principalmente as mulheres periféricas, é uma forma de empoderar a mulher e de incluí-las de maneira mais robusta no mercado de trabalho.

(*)Endrigo Zapata é pedagogo, produtor cultural, ligado aos Movimentos Sociais dos Trabalhadores Rurais e escreve para o RCIA ARARAQUARA.

**As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do RCIARARAQUARA.COM.BR