O ano era 1975, o mês novembro, o dia, salvo engano, 26, o jogo era Portuguesa Santista e Ferroviária no Estádio “Ulrico Mursa”, em Santos. Coincidentemente, jogariam naquela data, Guarani e Fluminense no Brinco de Ouro em Campinas pelo Brasileiro.
Sabendo que a equipe de esportes da Rádio Cultura de Araraquara iria pra Santos, pedi ao Wilson Luiz uma carona até Campinas onde assistiria ao jogo do Bugre contra o Flu.
Para a minha surpresa, ao passarem pela minha residência na rua Gonçalves Dias, Wilson Luiz e Paulo de Campos me disseram: “nós achamos que você não vai ficar em Campinas, você vai conosco pra Santos e vai ser o repórter de campo…, você aceita”?
De pronto aceitei o convite, e logo fiz as malas para viagem.
Viagem marcante para mim, voltamos de Santos comemorando uma vitória de 1 a 0 da Ferrinha sobre a Briosa santista. Passados alguns dias, o gerente da Cultura – Dorival Marcondes Machado, de saudosa memória, me chamou para começar a trabalhar na PRD-4.
Feliz da vida, lá fomos nós, unindo o útil ao agradável, acompanhando a nossa querida e gloriosa Associação Ferroviária de Esportes em muitos e variados campos de futebol, não apenas em jogos oficiais, mas também amistosos, e a Ferroviária, se é que muita gente não sabe, eu já acompanhava desde os quatro anos de idade, levado sempre pelo meu avô e seus amigos, na Fonte Luminosa e em outros estádios.
Ao longo da minha trajetória como repórter de campo e também exercendo outras funções enquanto radialista, só posso dizer que vivi momentos de rara felicidade, visto que, além dos milhares de amigos que contabilizei, a atividade pesou significativamente para ajudar na minha formação e engrandecimento da minha profissão de advogado.
Como dizem que “a fruta não cai longe do pé”, tive a felicidade de assistir meu filho Alexandre se formando em Direito pela PUC de Campinas, e a Gláucia concluindo o curso de jornalismo também pela PUC, hoje ambos seguindo brilhantemente as carreiras escolhidas.
Meus filhos são minhas grandes Dádivas que Deus me deu e os amigos são meus verdadeiros tesouros que em meu ciclo de repórter eu pude amealhar.
(*) Fábio Donato Gomes Santiago, advogado, radialista, repórter esportivo da Rádio Cultura em 1975 e colaborador do RCIA Araraquara
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