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Festival Internacional de Dança de Araraquara (FIDA) começa nesta sexta (22)

A abertura ocorre na Escola Municipal de Dança Iracema Nogueira (EMD) com indígenas Kariri Xocó, e o espetáculo "Opará, o rio de Rosa - uma viagem pelo velho Chico" com os alunos do local

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"Opará, o rio de Rosa - uma viagem pelo velho Chico" conta com os alunos da EMD.

A 23ª edição do FIDA – Festival Internacional de Dança de Araraquara começa nesta sexta (22) sob o tema “Dançar sonhos manifestos”, em uma realização da Secretaria Municipal da Cultura e Fundart, com apoio: Unesp, Sesc Araraquara, Senac Araraquara, Prefeitura de Matão, Casa Pipa, UFBA – Universidade Federal da Bahia, Novo Hotel Municipal e Amigos da Arte. O evento é realizado com apoio institucional da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, da APAA e da Escola de Governo.

A abertura nesta sexta (22) ocorre na Escola Municipal de Dança Iracema Nogueira (EMD). A partir das 18h30 haverá a chegança com Indígenas Kariri Xocó, seguido pelo cerimonial (19h) e pela apresentação do espetáculo “Opará, o rio de Rosa – uma viagem pelo velho Chico” com os alunos da EMD.

Na montagem, fluência de muitas ideias, o tema do Rio São Francisco nos fez lançar luz sobre as páginas de Guimarães Rosa. Ao mergulharmos no conto A terceira margem do rio, veio-nos a vontade de propor uma continuação para a história do filho que, após anos observando o pai, sentado numa canoa a meio de rio, foge quando este lhe dá sinais de voltar para a terra. Em nossa história, esse filho volta em busca do pai. Na sua viagem pelo Velho Chico, passa por cidades famosas, personagens célebres tirados da realidade ribeirinha, enfrenta assombrações e tormentas. Encara a controvérsia de transposições e a grandiosidade da cachoeira de Paulo Afonso. Tudo para viver o arquetípico encontro entre pai e filho, na travessia das existências.

O Festival Internacional de Dança de Araraquara apresenta programação gratuita com atividades que focam em ações formativas, espetáculos locais, espetáculos nacionais e internacionais, com a curadoria compartilhada entre Ailton Krenak – liderança indígena, escritor, pensador e membro da Academia Mineira de Letras – e a artista-docente Gilsamara Moura – atual vice-diretora da escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA).