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Aumento da confiança do consumidor em setembro deve contribuir para a recuperação do varejo

Trata-se da quarta alta mensal consecutiva da confiança do consumidor, que avança no campo otimista (acima de 100 pontos). A sondagem foi realizada com uma amostra de 1.750 famílias.

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O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela PiniOn, chegou, em setembro, a 105 pontos, mostrando aumentos de 1,9% e 11,7%, em relação a agosto, e na comparação com o mesmo mês de 2022, respectivamente.

Isso marca o quarto mês seguido em que a confiança dos consumidores aumenta, avançando no campo otimista (acima de 100 pontos). A pesquisa considerou 1.750 famílias, que foram entrevistadas em todo o país, em capitais e no interior.

Em todas as regiões do Brasil, houve elevação da confiança dos consumidores, especialmente no Centro-Oeste e no Sul. No recorte das diferentes classes sociais, os resultados permanecem heterogêneos. A confiança aumentou nas classes AB e C, mas diminuiu levemente na classe DE.

As famílias, em geral, demonstram uma percepção mais favorável em relação à sua situação financeira atual, e se sentem mais seguras no emprego. Também houve uma melhora, ainda mais intensa, das expectativas sobre a situação futura.

A melhora generalizada do INC se reflete na maior disposição das famílias em adquirir itens de maior valor, como veículos e imóveis. Também aumentou a predisposição a comprar bens duráveis, como geladeira e fogão, e a investir.

Em síntese, o INC de setembro continuou mostrando aumento da confiança do consumidor, em relação ao mês anterior, anotando quatro altas mensais consecutivas. Para Ulisses Ruiz de Gamboa, economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP: “Isso acontece devido ao crescimento da ocupação, ao aumento da renda das famílias, em decorrência da resiliência do mercado de trabalho, das transferências governamentais e da queda da inflação, além da continuidade da redução dos juros”.

O aumento da confiança do consumidor, em decorrência dos fatores anteriores, permite projetar uma recuperação das vendas do varejo a partir do terceiro trimestre, fechando o ano com crescimento de 1,9%.