O relator do projeto de lei do Combustível do Futuro, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), espera fechar nesta semana um texto negociado entre Câmara, governo e os setores envolvidos, dos biocombustíveis ao setor automotivo.
O parlamentar reforçou na semana passada ao epbr sua posição de não incluir o diesel coprocessado – em que óleos vegetais são processados junto com o petróleo na refinaria – no mandato do biodiesel.
“Não colocarei o diesel coprocessado. Não por nenhum preconceito (…) Mas esse projeto trata dos biocombustíveis, do combustível do futuro. Então eu acho que não era o processo adequado”, disse Jardim.
“Acho que a indústria, aí no caso, o próprio IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), tem que continuar com seus questionamentos. Já fiz vários encontros, algumas coisas adequei no projeto, outras estou disposto a adequar, desde que não comprometa aquilo que é a minha convicção”, afirmou.
O relatório prevê a ampliação da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel para 20% até 2030, com margem de até 2 pontos percentuais, definida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Na entrevista, Arnaldo Jardim falou também sobre a obrigação de compra de biometano prevista no Programa Nacional de Biometano, entre outros pontos do projeto.