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Procuradora e Moro questionam veracidade de mensagens em grupo da “lava jato”

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A procuradora Monique Cheker afirmou não reconhecer críticas ao ministro da Justiça Sergio Moro feitas em um grupo de Telegram com procuradores da “lava jato”. A última reportagem do site The Intercept Brasil, que divulgou mais conversas entre procuradores, atribuiu a Monique uma série de mensagens com críticas à atuação de Moro como juiz.

Uma das mensagens diz: “desde que eu estava no Paraná, em 2008, ele (Sergio Moro) já atuava assim. Alguns colegas do MPF do PR diziam que gostavam da pró-atividade dele, que inclusive aprendiam com isso”. Monique enviou uma nota ao site O Antagonista em que diz só ter sido designada para trabalhar no Paraná em dezembro de 2008.

“Durante praticamente todo o ano de 2008 eu trabalhei como procuradora de contas do Ministério Publico junto ao TCE do Rio de Janeiro, cargo que assumi em 2006. Nunca tinha ouvido falar do ex-juiz Sergio Moro, muito menos tive contato com alguém do MPF/PR. Tomei posse no MPF em dezembro de 2008, com lotação numa cidade do interior do Paraná. Da posse, seguiu-se logo o curso de ingresso e vitaliciamente em Brasília, e o recesso judicial, e só fui conhecer alguém do MPF/PR que já tinha trabalhado com o ex-juiz Sergio Moro, ou menção a esse nome, tempos depois”, disse a procuradora.

Em outra mensagem publicada pelo Intercept Brasil, Monique teria dito que “Moro viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados”. Na nota, a procuradora ressaltou que “não reconhece” os registros remetidos pelo Intercept, mas que pode assegurar que “possuem dados errados e alterações de conteúdo”.

Fofoca de procuradores
O ministro Sergio Moro também se manifestou sobre o caso. Pelo Twitter, ele disse que, se verdadeiras, as mensagens não passariam de “supostas fofocas de procuradores, a maioria de fora da ‘lava jato'”. Moro levantou, mais uma vez, a possibilidade de as mensagens terem sido adulteradas: “o que se tem é um balão vazio, cheio de nada”.