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Em Araraquara, nefrologista faz alerta sobre a intoxicação por metanol em bebidas adulteradas

O médico Henrique Luiz Carrascossi, que atua na área de nefrologia fez um alerta para os perigos do consumo de bebidas adulteradas e reforçou a importância da prevenção.

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O médico Henrique Luiz Carrascossi que atua na área de nefrologia

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse nesta semana que a Polícia Federal (PF) iniciou investigação para apurar o crescimento dos casos de intoxicação por metanol em São Paulo.

No Estado, ao menos 22 situações de possível contaminação pela substância foram documentadas — sendo 5 confirmadas e 17 ainda sob investigação. De acordo com o secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, as autoridades estão apurando seis óbitos suspeitos de estarem associados ao metanol.

A principal hipótese é que as vítimas tenham consumido bebidas alcoólicas que estariam contaminadas.

Em Araraquara, profissionais da área médica comentaram que – casos de intoxicação por metanol, um álcool de uso industrial que não deve ser ingerido por seres humanos, tem preocupado autoridades de saúde em geral. A substância, de fato, vem sendo encontrada em bebidas destiladas adulteradas, colocando em risco a vida de consumidores.

Segundo os médicos, ao ser metabolizado, o metanol se transforma em ácido fórmico, altamente tóxico para o corpo humano. Essa substância ataca o sistema nervoso central e compromete as mitocôndrias, responsáveis pela produção de energia das células, podendo levar a complicações graves e até à morte.

O nefrologista Dr. Henrique Luiz Carrascossi faz um alerta de que os sintomas iniciais não devem ser subestimados. “O consumo de metanol pode causar dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal e, principalmente, alterações visuais como visão turva e embaçamento. Esses sinais não devem ser ignorados, pois podem indicar um quadro de intoxicação grave”, destaca.

A recomendação é evitar bebidas de procedência duvidosa e buscar locais confiáveis na hora da compra. Caso haja suspeita de ingestão da substância, o atendimento médico deve ser imediato. Atualmente, existem antídotos e até a hemodiálise como alternativas para reduzir os efeitos da intoxicação.

Carrascossi reforça que a prevenção é a principal forma de proteção contra os riscos do metanol.