
A necessidade de manutenção do programa RenovaBio e a importância dos mecanismos privados de financiamento para o agronegócio foram amplamente defendidas durante a 25ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, que está sendo realizada desde ontem (20) na capital paulista e na qual o presidente da Canasol, Luís Henrique Scabello de Oliveira, está presente.
Esse posicionamento foi manifestado por Paulo Leal, presidente da FEPLANA, em discurso proferido nesta terça, em meio a conferência. Em um “momento crucial”, o Brasil tem metas ambientais de descarbonização a serem cumpridas como signatário do Acordo de Paris, destacou o presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil.
Para ele, o país é signatário do Acordo de Paris, e, portanto, temos metas ambientais de descarbonização a serem cumpridas. “Neste contexto, programas estruturantes como o Mover, o Combustível do Futuro, o PATEM e o RenovaBio têm sido implementados por legisladores e pelo executivo para auxiliar no cumprimento dessas metas. O RenovaBio, em particular, se tornou um símbolo do protagonismo ambiental brasileiro. No entanto, – constantes questionamentos judiciais – em relação ao programa são vistos com muita preocupação”, comentou o líder da Feplana.

A estabilidade do RenovaBio foi veementemente defendida por ele, sendo frisado que se trata de um importante e eficiente mecanismo de descarbonização que em momento algum, onera qualquer segmento da cadeia produtiva. “Precisamos defender o RenovaBio, precisamos de estabilidade e segurança jurídica para que ele cumpra seu papel!” – enfatizou Paulo Leal.

Além do RenovaBio, uma contundente defesa foi feita em relação aos mecanismos privados de financiamento para a agropecuária, nomeadamente o FIAGRO e as LCA’s (Letras de Crédito do Agronegócio). A chamada sanha arrecadatória sobre esses mecanismos é vista com grande preocupação. Esses fundos são descritos como uma “solução inteligente e vital” com recursos provenientes da própria iniciativa privada, dada a impossibilidade do Governo Federal em prover recursos suficientes para toda a pujança da cadeia produtiva do agronegócio, explicou.
“Se queremos um agronegócio forte e sustentável, se queremos financiar a inovação e o crescimento, precisamos trabalhar urgentemente para a preservação desses fundos!” – clamou o presidente.
Ao final da sua fala e das discussões, importante sugestão foi apresentada pelo chairman da Conferência, Plínio Nastari, para que um documento em defesa do RenovaBio seja elaborado ao término do evento, sendo assinado por todas as lideranças presentes para posterior divulgação à sociedade.