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Será sepultado nesta quarta, o ex-diretor do Cartório Eleitoral de Araraquara, Waldemar Antonietto

Waldemar Antonietto parte deixando um vazio imenso na cidade, que embora não fosse sua terra natal, tornou-se parte da sua vida. Tanto era o seu querer bem que foi agraciado com o título de Cidadão Araraquarense. Sua morte se dá aos 88 anos de idade. O sepultamento será às 10h30.

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Dois momentos na vida de uma personagem da nossa história

Será sepultado na manhã desta quarta-feira, 10h30, no Cemitério São Bento em Araraquara, uma das suas mais proeminentes figuras: Waldemar Antonietto, que faleceu neste dia 28 de outubro, aos 88 anos. “Antonietto” como era carinhosamente chamado, transformou-se num dos mais experientes membros da Justiça Eleitoral na cidade, quando o voto em cédula ainda era preenchido em uma cabine de votação.

O voto na urna eletrônica no Estado de São Paulo, assim como no Brasil, foi implantado a partir de 1996 (eleições municipais) pois, segundo os critérios estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, apenas os municípios com mais de 200 mil eleitores e as capitais utilizaram-se da urna eletrônica. Araraquara então, não poderia abandonar o voto em cédula, teve que aguardar por mais quatro anos esperando a ampliação da votação eletrônica.

Mas, esse tempo de espera, dizia Antonietto foi bom, pois aprimoramos o nosso entendimento e a espera serviu para implantarmos a urna eletrônica com mais segurança em função do que já havia ocorrido em cidades que se anteciparam ao sistema. Edinho Silva, foi o primeiro prefeito eleito com o voto em urna eletrônica nas eleições de 2000.

Por cerca de 35 anos, Waldemar Antonietto se manteve envolvido em processos eleitorais e as lembranças mais fortes de fato vinham das eleições, pois sua competência era plenamente reconhecida principalmente pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Isso também deu a ele a expertise de sempre ser escolhido para organizar o processo eleitoral no Clube Araraquarense e sua presença – como presidente do Conselho Deliberativo – mostrava a lisura com que conduzia o pleito, até mesmo em eleições polêmicas, onde os candidatos mostravam grande equilíbrio para a escolha dos associados.

Nascido em 02 de dezembro de 1936, Waldemar Antonietto, segundo nota da Funerária Micelli deixa filhos, netos, bisnetos, genro, nora, familiares e amigos, constituindo-se sua morte numa perda para a história da cidade. Tamanho foram os seus méritos que a Câmara Municipal lhe concedeu o título de Cidadão Araraquarense, através projeto do vereador Waldemar Saffiotti, em 1982.

A OAB e a Prefeitura Municipal se manifestaram através de nota, sensibilizadas com o falecimento do ex-diretor do cartório eleitoral. Os sentimentos também do RCIA, aos familiares do inesquecível amigo, Waldemar Antonietto.