
A Prefeitura de Araraquara voltou a enfrentar nesta terça-feira (11) problemas com o segundo dia de manifestação de trabalhadores da empresa terceirizada – Soluções que presta serviços para os postos públicos da Secretaria da Saúde e Secretaria da Educação. Os servidores voltaram a reivindicar o pagamento de salários atrasados atribuindo essa responsabilidade ao município que não faz o repasse dos valores em atraso, cerca de R$ 9 milhões.
Após o primeiro dia de manifestação em frente ao Paço Municipal, até mesmo com número reduzido de funcionários, em nota a Prefeitura informou que – conforme acordado em reunião realizada nesta segunda-feira (10), foi efetuado o pagamento de mais R$ 400 mil à empresa Soluções, totalizando R$ 1,2 milhão já repassados — sendo R$ 800 mil na última sexta-feira (7) e R$ 400 mil nesta segunda-feira (10).
Com o repasse realizado, a empresa confirmou que efetuaria o pagamento dos funcionários até o meio-dia desta terça-feira (11). Dessa forma, o atendimento — especialmente nas unidades da rede municipal de ensino — será normalizado no período da tarde, disse o governo municipal em nota.
Mais adiante, salienta que as atividades pedagógicas e de cuidado com as crianças ocorrerão em seus horários habituais, assegurando o funcionamento regular de todas as escolas e creches municipais.
Nesta segunda e também terça, tendo em vista a paralisação, unidades de ensino ficaram sem atividades, casos do CERs (Centros de Educação e Recreação) Leatrice Rodrigues Affonso, no Parque Gramado II e Prof. José Ênio Casalecchi, no Residencial Laura Molina.
O Siemaco Araraquara, que é o sindicato da categoria, relembrou que nesta segunda-feira esteve reunido com representantes da Prefeitura de Araraquara e da empresa Soluções Serviços Terceirizados Ltda., responsável pelos serviços de limpeza nas áreas da Saúde e Educação do município, após o grave atraso no pagamento dos salários dos trabalhadores.
Chega a citar que durante a reunião, a Prefeitura reconheceu a dívida com a empresa, afirmando enfrentar dificuldades financeiras e falta de recursos para quitar as pendências. Segundo informações, parte dos valores chegou a ser repassada, mas de forma insuficiente diante da dívida total, que ultrapassa R$ 9 milhões.
A advogada da empresa, informou ao sindicato que a Soluções não possui mais condições financeiras de manter o pagamento da folha sem o repasse dos recursos devidos pela Prefeitura. Em comunicado oficial enviado ao SIEMACO, a empresa solicitou apoio do sindicato para intermediar junto ao Município uma solução urgente, destacando que o atraso coloca em risco não apenas o sustento dos trabalhadores, mas também a continuidade dos serviços essenciais.
Diante da situação, o SIEMACO protocolou um documento de estado de greve, com prazo de 72 horas para que o impasse fosse resolvido e antecipou que os trabalhadores poderiam deflagrar greve em defesa dos seus direitos, o que realmente aconteceu.













