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Aluno que causou pânico no EEBA é transferido para outra escola

Os pais do garoto de 14 anos responderão na justiça por crime de ameaça

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O EEBA conta com policiamento diario na unidade

No ultimo dia 11, uma frase no banheiro masculino chamou a atenção da diretoria da Escola Estadual Bento de Abreu (EEBA). “Se não quiser morrer, falte amanhã. Amanhã irei me vingar de todos que me fizeram mau. 12/11/19”.

A escrita abalou a confiança dos mais de mil alunos que estudam nos três períodos, segundo apurado pela reportagem, muitos alunos querem sua transferência e vários pais pensam que esta seria a melhor forma de manter seus filhos seguros.

Um Boletim de Ocorrência foi elaborado pela direção da escola após o ocorrido, onde a polícia foi chamada para dar suporte aos estudantes e a escola.

Acontece que os próprios estudantes que conviviam com o garoto, foram até a direção da escola e contaram o que realmente havia acontecido. O aluno em questão havia chamado um de seus amigos para participar da brincadeira, para que não houvesse aula no dia seguinte. Segundo alunos que preferem não se identificar, o garoto foi avisado para que não fizesse este tipo de brincadeira, pois o ato traria problemas tanto para ele como para escola, mas ele seguiu com seu plano. “Ele queria assustar outros alunos para que no dia seguinte não houvesse aula, mas não mediu as conseqüências, afirma um dos alunos.

Vale ressaltar que o garoto que matou e esquartejou Yasmim em junho deste ano, também estudava no EEBA e vários alunos disseram que ele sempre dizia que tinha a vontade de matar alguém. “Agora alguém escreve na parede que quer matar quem fosse à escola no dia 12, quem vai saber se é brincadeira ou está falando sério, eu não paguei para ver” – afirma um dos estudantes que preferiu ficar em sua casa, no dia marcado.

O aluno de 14 anos, foi encontrado, teve sua transferência compulsória, após uma reunião do conselho da escola. Os pais foram chamados pela direção da escola e responderão na justiça, por crime de ameaça. Pais e alunos dizem que todas as medidas foram tomadas pela direção da escola.

“Uma brincadeira de mau gosto que movimentou muita gente como a Secretaria de Educação de São Paulo, a Segurança Pública do Estado para que entrasse em contato com o Batalhão da Polícia Militar de Araraquara, a Força Tática para dar suporte à escola, além de pais, onde muitos deles deixaram seus trabalhos para vir até a escola pegar seus filhos, isto é uma grande irresponsabilidade”. Afirmou uma mãe.

No dia 12 de novembro, onde o garoto havia marcado o ataque, a escola recebeu cerca de 35 alunos nos dois períodos.

O QUE DIZ A EDUCAÇÃO

Em nota a Diretoria Regional de Ensino de Araraquara informa que as aulas acontecem normalmente na unidade. Os responsáveis pelo aluno foram chamados e um boletim de ocorrência foi registrado. A EE Bento de Abreu conta com a figura do professor mediador, que tem intensificado ações de incentivo à cultura de paz entre os estudantes.

Além da parceria com a ronda escolar, foi criado o Gabinete Integrado de Segurança e Proteção Escolar (Gispec), que conta com servidores da Educação e da Polícia Militar, que contribuem para o planejamento das estratégias de segurança em toda a rede. A administração regional e direção da unidade continuam à disposição dos pais ou responsáveis pelos alunos para quaisquer esclarecimentos.

Por Suze Timpani