
Nesta segunda feira, 24 de fevereiro de 2020, faz 88 anos da conquista do voto feminino no Brasil. A discussão sobre o voto feminino chegou ao Congresso brasileiro em 1891, mas foi completamente rechaçada: a maioria dos deputados alegaram a inferioridade da mulher e alertaram para um suposto perigo que o voto feminino acarretaria à preservação da família brasileira.
No dia 24 de fevereiro de 1932, o então presidente Getúlio Vargas assinou a lei que garantia o direito de voto às mulheres brasileiras, após muita luta e apelo político, mas veio dividido: Primeiro para as mulheres casadas, com autorização dos maridos, e às viúvas e solteiras com renda própria e, somente em 1934, para todas as mulheres.
Em 1946, uma nova lei tornou o voto para as mulheres um dever, não apenas direito.
Se considerarmos que em 1893 a Nova Zelândia já concedia às mulheres o direito de voto, parece uma conquista tardia, mas, na França, isso só aconteceu em 1944 e, na Suíça, em 1971.
No decorrer do século XX o voto das mulheres foi ganhando cada vez mais peso até que, nas eleições do ano 2000, pela primeira vez o eleitorado feminino superou em números absolutos o masculino. Já nas eleições de 2016, as eleitoras se tornaram maioria em todos os estados brasileiros. No total, dos 144 milhões de brasileiros aptos a votar, 75.226.056 eram mulheres, ou seja, representavam 52,24% do eleitorado. Em 2020 não será diferente: a participação das eleitoras brasileiras será decisiva.
Fonte: Tribunal Regional Eleitoral