Home Economia

Comércio nacional tem queda de 5,1% nas vendas em março

Mercado de trabalho fragilizado e fraco crescimento da renda aliados aos impactos da pandemia influenciaram o resultado

31
Comércio quer diminuir prejuízos ocasionados desde março do ano passado

O Indicador Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, cedeu 5,1% em março na comparação mensal, de acordo com dados apurados pela Boa Vista.

No acumulado em 12 meses, o indicador apresenta alta de 0,9%. No primeiro trimestre, o indicador recuou 0,1% contra igual trimestre do ano passado. Já em relação ao mesmo mês de 2019, o varejo apontou retração de 2,2%.

Após iniciar o ano com alta, em março o indicador registrou a segunda queda mensal consecutiva. Reflexo de um mercado de trabalho bastante fragilizado e com fraco crescimento da renda, fatores que estão sendo ainda mais impactados pelos efeitos da pandemia da covid-19.

Ademais, dadas as adversidades provocadas pela chegada do novo vírus e pelas medidas de isolamento social, pode-se esperar uma piora no emprego e no nível de consumo em 2020. Cenário que aponta para uma desaceleração da atividade econômica e do movimento do comércio nos próximos meses.

SETORES

Na análise mensal, o segmento de móveis e eletrodomésticos apresentou queda de 13,5% em março após já ter registrado baixa de 3,8% no mês anterior, descontados os efeitos sazonais. Já nos dados sem ajuste sazonal, o segmento passou de vez para o campo negativo e recuou 1,5% no acumulado 12 meses.

Supermercados, alimentos e bebidas foi a única que evitou perdas, caindo apenas 0,1% no mês na série dessazonalizada. Na série sem ajuste, a variação acumulada em 12 meses foi de 1,5% em relação ao ano anterior.

Já a categoria de tecidos, vestuários e calçados recuou 1,1% no mês, expurgados os efeitos sazonais. Nos dados acumulados dos últimos 12 meses houve alta de 7,3%.

Por fim, o segmento de combustíveis e lubrificantes” apresentou retração de 6,7% em março considerando dados dessazonalizados, enquanto, na série sem ajuste, a variação acumulada foi de -0,6%.