
Pelo segundo mês consecutivo, a balança comercial brasileira bateu recorde. Em julho, o país exportou US$ 8,06 bilhões a mais do que importou, segundo dados divulgados nesta segunda, 3, pela Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia.
Esse é o maior superávit para o mês desde o início da série histórica, em 1989. Ao todo, foram exportados US$ 19,56 bilhões em julho, enquanto o total de produtos e serviços importados fechou em US$ 11,50 bilhões.
Os principais fatores para o resultado foram o bom desempenho dos produtos agropecuários – impulsionados pela maior demanda de países asiáticos e o real desvalorizado -, e a queda generalizada nas importações, como efeito da crise econômica causada pela pandemia de Covid-19.
Apesar da queda nos valores exportados, por causa da desvalorização do real frente ao dólar, o volume de produtos vendidos pelo país em julho deste ano cresceu em relação ao mesmo período do ano passado, especialmente no setor de agropecuária, cujo aumento foi de 21,1%.
Para o comentarista Miguel Daoud, esse resultado mostra como a agropecuária é uma espécie de ‘tábua de salvação’ da economia brasileira. Segundo ele, mesmo com a queda no fluxo de comércio, normal para uma pandemia, o setor tem se mostrado muito eficiente.