Home Política

Confira 8 fatos inéditos das eleições de 2018

93
Urna 77

Urna 77Primeiro turno no apagar das luzes

Às vésperas das eleições de 2018, os brasileiros aguardam com ansiedade o resultado que sairá nas urnas. Ao menos sobre uma coisa, no entanto, já é possível ter certeza: uma série de razões torna o pleito do próximo domingo (7) inédito na história do Brasil. Confira abaixo: Número de candidatos – As eleições de 2018 têm 13 candidatos à Presidência da República, o maior número desde 1989, no primeiro pleito da redemocratização, quando 22 postulantes concorreram pelo Palácio do Planalto.   

A corrida presidencial é disputada por Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB), Alvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo), Guilherme Boulos (Psol), Cabo Daciolo (Patriota), Vera Lúcia (PSTU), José Maria Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL).   

Rejeição – É comum que os candidatos que chegam ao segundo turno sejam os mais rejeitados, já que são aqueles que acabam recebendo mais atenção, mas os índices nunca foram tão altos.   

Dilma Rousseff (PT) é até hoje a candidata com maior nível de rejeição no primeiro turno a ser eleita: ela chegou às vésperas da votação rechaçada por cerca de 30% do eleitorado. Bolsonaro e Haddad já têm índices de rejeição superiores a 40%, segundo a última pesquisa Datafolha. Os números deixam claro que a eleição virou uma disputa entre antipetismo e antibolsonarismo.   

Extrema direita – O sucesso do capitão reformado do Exército também é um fato inédito. É a primeira vez que um candidato de extrema direita tem chances de ganhar as eleições e, mais do que isso, é o favorito para vencer.   

Além disso, com exceção de Leonel Brizola (1989), Fernando Collor (1989), Anthony Garotinho (2002), Ciro Gomes (2002 e 2018) e Marina Silva (2014), apenas tucanos e petistas acalentaram chances reais de chegar ao segundo turno. 

Atentado – Muito do ineditismo das eleições de 2018 está ligado a Bolsonaro. O candidato do PSL foi o primeiro presidenciável a sofrer um atentado em plena campanha na era democrática.   

Bolsonaro foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira em um comício em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro, ataque que o tirou da campanha de rua no primeiro turno. Como mostram as pesquisas, a facada ajudou o candidato a subir nas intenções de voto.   

Mulheres – Bolsonaro também motivou a maior manifestação de mulheres da história do Brasil. Dezenas de milhares de cidadãs saíram às ruas no último sábado (29) para protestar contra a possibilidade de um candidato com histórico de machismo e sexismo chegar ao poder. Os atos, no entanto, não foram suficientes para conter a escalada de Bolsonaro nas pesquisas.   

Lula – Desde 1989, Luiz Inácio Lula da Silva foi candidato ou participou ativamente da campanha para eleger sua sucessora, Dilma. Alijado da disputa de 2018 por causa de uma condenação em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, o petista conseguiu indicar seu candidato, Haddad, mas sua participação física no processo eleitoral se limita às visitas que o ex-prefeito de São Paulo faz semanalmente à carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Tanto Haddad quanto seus adversários não abrem mão de citar Lula, mas essa é a primeira corrida ao Planalto da redemocratização que não tem o ex-presidente como participante ativo.   

Biometria – Mais de 3 milhões de eleitores tiveram seus títulos cancelados por não terem feito o cadastramento biométrico obrigatório, adotado em metade dos 5.570 municípios do Brasil.   

Dos eleitores impedidos de votar, metade é de cinco estados: Bahia, São Paulo, Paraná, Ceará e Goiás.   

O PSB chegou a tentar barrar a proibição no Supremo Tribunal Federal, mas, por um placar de sete a dois, a corte decidiu manter a suspensão dos títulos, alegando que impedir esses eleitores de votar não viola a democracia. Fake News: Após serem tema e preocupação em eleições em outros países, as fake news chegaram ao Brasil e podem influenciar o pleito de 7 de outubro.