Dados se referem à comparação entre o primeiro semestre de 2018 com o mesmo período do ano anterior
Uso de algum tipo de cartão cresceu 15% de um ano para o outro
As mudanças econômicas e os avanços tecnológicos têm impactado nas formas utilizadas pela população para as transações diárias. De acordo com levantamento do Núcleo de Economia do Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio), com base em dados da ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços), 4% da população já não usa mais dinheiro vivo para pagar contas.
Além de uma maior sensação de segurança pela utilização do cartão em comparação com o dinheiro, esse tipo de substituição garante ainda o aumento do contato da população com o universo financeiro e suas diferentes modalidades. Délis Magalhães, economista do Sincomercio, explica que algumas opções encontradas no mercado permitem que até pessoas negativadas ou sem renda comprovada possam ter um cartão bancário para realizar transações. “Um exemplo é o caso do cartão pré-pago, que representa uma alternativa para aqueles que gostariam de realizar compras online e querem ter uma segurança maior do que o pagamento via boleto” afirma.
A pesquisa confirma também a tendência de substituição da moeda em espécie pelas diferentes modalidades de cartão (crédito, débito e pré-pago). Segundo a ABECS, considerando o primeiro semestre desse ano em relação ao mesmo período de 2017, as movimentações financeiras utilizando algum tipo de cartão cresceram 15% e somaram 8,8 bilhões de transações no período. Desse total, 50% utilizou a opção de crédito.
Crescimento dos valores transacionados (1º Sem 2017/1º Sem 2018)
Fonte: ABECS Elaboração: Sincomercio
O cartão de crédito ganhou a preferência dos brasileiros, principalmente pela vantagem que é oferecida de pagamento posterior à data da compra e parcelamentos mais extensos. O estudo indica que 94% das pessoas entrevistadas usam o cartão todo o mês e 55% utilizam pelo menos uma vez por semana.
A economista revela que as modalidades disponíveis ao consumidor oferecem uma boa diversidade de opções, além das taxas diferentes que também são oferecidas pelas instituições. “É fundamental verificar qual alternativa oferece as melhores condições para o seu perfil, e pesquisar entre as instituições disponíveis. Fica o alerta para o consumo consciente, evitando o comprometimento da renda e a inadimplência” ressalta Délis.