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80% dos araraquarenses condenam placas na vertical adesivadas em postes

“Nunca vi placa de cabeça para baixo! Como é que pode? A pessoa tem que deitar para ver. Vai ter gasto com pomada para torcicolo”,  frases assim surgiram na pesquisa feita pelo RCIA no Adalberto Roxo; Prefeitura disse que “se trata de um novo conceito de placas de sinalização com boa visibilidade e custo mais baixo”. Vereadores considerados fiscais do povo não se manifestaram.

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Enquete foi encerrada na noite desta quinta-feira

Embora a Coordenadoria Executiva de Mobilidade Urbana em Araraquara ter afirmado que a instalação de 400 novas placas de denominação de logradouros, que está sendo realizada pela empresa Comunicação Visual Monte Alto Ltda, visa atender a carência por placas com nomes das ruas em muitos bairros da cidade, a verdade parece não ser bem essa.

Ocorre que a coordenadoria vem colocando adesivos no lugar das placas e no sentido vertical, fugindo ao padrão de instalação da própria história urbanística da cidade. Para a Prefeitura Municipal, às placas (são adesivos) na vertical, se trata de um novo conceito de placas de sinalização com boa visibilidade e custo mais baixo, devido ao material utilizado. “São modelos que já vêm sendo adotados em outros municípios”, informou por meio de nota. O trabalho começou pela zona norte do município, no Jardim Roberto Selmi Dei, argumentam.

A partir dos primeiros postes adesivados, os moradores da Zona Norte de Araraquara estão tendo que torcer o pescoço, tombar a cabeça e fazer certo malabarismo para conseguir ler as novas placas. Serão 400 unidades com denominações de logradouros nesse primeiro lote, que custaram R$ 22.664 aos cofres públicos.

A colocação dos adesivos feitos com material plástico levou o morador Antonio Barroso, que reside na Av. Silvio Silva, no Jardim Adalberto Roxo, comentar: “Nunca vi placa de cabeça para baixo! Como é que pode? A pessoa tem que deitar para ver. Vai ter gasto com pomada para torcicolo”, brinca.

Pelas redes sociais, a maioria das pessoas também criticou o novo visual das placas. Toninho Oliveira comentou: “Que mentalidade de quem planejou essa porcaria… isso é quebra galho de porco”; Márcia Possi acha que elas deveriam ser instaladas da forma tradicional: “Colem nas casas da rua e das avenidas como eram antigamente! As de folhas de zinco, acho. Na horizontal!!!”

Diante das reclamações, piadas e gozações o Portal RCIA lançou uma enquete para saber a opinião das pessoas sobre esse novo conceito. A pergunta foi: “Você acha que está correto a instalação de placas de rua com a identificação na posição vertical e não mais na horizontal, como manda a tradição?”

A enquete após os 20 dias de permanência no portal foi encerrada e ficou claro o descontamento: 80% dos araraquarenses criticaram a mudança pois o nome na vertical dificulta a leitura, principalmente para deficientes visuais”; em seguida por “Tanto faz, vertical ou horizontal”, com 16%. “Sim, pois é preciso inovar” obteve 4% das indicações.

Nota da Redação: Os vereadores, que têm o dever de também fiscalizar o adesivamento dos postes permaneceram em silêncio, mostrando que gostaram da inovação.