Iesa, uma potência arrebentada que busca resgatar a sobrevivência
Representantes da antiga Iesa e da Andritz, que comprou a empresa metalúrgica sediada em Araraquara, acabaram de fechar importante acordo por meio de uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, TRT da 15ª Região em Campinas. Com isso, aproximadamente 1.500 funcionários vão receber perto de R$ 64,5, valor referente aos direitos trabalhistas dos metalúrgicos.
A Iesa enfrentando dificuldades financeiras devia para os funcionários e a Andritz acabou comprando pelo menos 1/3 da empresa. No meio do caminho ficaram os trabalhadores que representados por um grupo de empregados concordaram com o acordo durante a realização da 13ª Edição da Semana Nacional da Conciliação, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em novembro.
Logo após a assinatura, confirmando o acordo entre as partes o presidente do Tribunal, desembargador Fernando da Silva Borges, destacou a importância do documento e lembrou que nas duas últimas edições da Semana Nacional de Conciliação Trabalhista o TRT sediado em Campinas obteve o primeiro lugar entre todos os outros tribunais do país, com arrecadação superior a R$ 203 milhões em cada uma delas.
Foi na 1ª Vara do Trabalho de Araraquara que a ação civil coletiva foi ajuizada em 2015 por intermédio do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos de Araraquara e Américo Brasiliense, o Sindmetal.
É importante destacar que os pagamentos começaram a ser feitos apenas aos trabalhadores que são representados pelo sindicato na ação coletiva. Outros quase 75 que optaram em ajuizar outra ação contratando para isso advogado particular, ainda não têm ciência sobre a data de pagamento das verbas rescisórias. Eles alegam que – os valores da rescisão não batiam com os números apresentados pelo sindicato da categoria, daí a contratação de outros advogados da área.
O Sindmetal, segundo consta, entrou com nove ações coletivas contra a IESA e Andritz, buscando o acerto que envolvia os operários que estavam sem receber desde 2014. Para abater o sofrimento dos trabalhadores o Natal está chegando mais cedo.