Hoje, partilho com vocês pensamentos sobre a jornada das mulheres no agro que estão mais próximas de mim e integram o gripo Mulheres do Agro Araraquara. A primeira história, de algumas que, virão sobre as integrantes do nosso grupo. A mulher agro de hoje é : Cândida Giansante Marçal Marques!
É engraçado percebermos como gostamos de estar perto daqueles que, de alguma forma contribuíram para a formação da parte boa da nossa história. É sempre um prazer estarmos com essas pessoas, não é mesmo!
Nosso todo vai se formando por pequenas porções daquilo que, vivenciamos no nosso dia-a-dia e essas partes vão se agregando à nossa existência durante nossa jornada na terra. Dessa forma as pessoas com as quais temos contato real ou virtual participam ativamente da nossa vida, da nossa história!
Muitas vezes, quando pensamos em alguém, ou as encontramos, nos lembramos de situações, palavras ou gestos de carinho que, elas expressaram pra nós e ficamos, por um tempo, com o coração transbordando de amor pelas boas lembranças, mas na maioria das vezes, não dizemos isso pra essas pessoas.
Então, resolvi mudar de atitude e sempre que, alguma boa lembrança me vier à memória eu a partilharei com quem me proporcionou esse tempo de alegria, para assim retribuir-lhe esse sentimento bom.
Por isso hoje quero dizer à você: Cândida Giansante Marçal Marques que tenho sentido um prazer enorme em conviver com sua doçura, seu carinho, sua disposição em ajudar a todos que te cercam. Agora que, juntas fazemos o curso de Empreendorismo Rural do SENAR e “trocamos ideias” com mais frequência percebo como se tornou forte a menina que, não deixava o entorno da sede da fazenda, “lugar das mulheres” e se transformou numa Mulher do Agro, que toma decisões, até por telefone, de procedimentos junto aos colaboradores da fazenda, que é agricultora e pecuarista respeitada na sua região que, negocia, compra e vende, define como e quando fazer as coisas, enfim é capaz de tocar à diante o legado que recebeu de seu pai que, sem dúvida deve estar orgulhoso da “fazendeira” na qual se transformou aquela mocinha que, tanto ele poupou das dificuldades, e durezas da vida no agro!!!
Sinto que nós duas podemos perpetuar a parceria que, existiu entre nossos pais, por anos, cujo único compromisso assumido era o “fio do bigode” como eles diziam; Ao seu lado minha querida, sinto-me em casa, o que pode ser melhor que isso!!!
Então meninas, como nos chamamos carinhosamente, da união de algumas mulheres do agro, como a Cândida e outras mais, surgiu o nosso grupo que, cresce a cada mês, que agrega e fortifica mais mulheres do agro que, viviam espalhadas e sozinhas e agora têm uma referência, exemplos de luta, dedicação, perdas, muitas vitórias, enfrentamento de dificuldades, para nos lembrarem de que, a lida no agro é complexa exigindo conhecimentos de comercialização, de crédito rural, de uso de mix de produtos, de legislação, de desenvolvimento sustentável, de leis ambientais e das bolsas. Mas apesar disso tudo, compreendemos a importância de nos unirmos em torno de um objetivo comum: nossa trajetória no Agro, de contarmos nossas histórias e mostrarmos, como já disse que, temos nossos próprios desejos e sabemos estabelecer limites, não somos manipuladas ou chantageadas, não engolimos culpa.
Nós assumimos responsabilidades!!!
Nós estudamos, nos informamos.
Nós, as Mulheres do Agro, ainda não estamos satisfeitas e continuamos avançando, inspirando e ajudando mais mulheres a mudarem o que for preciso, pra se tornarem melhores como pessoas e naquilo que fazem no universo agro ao qual pertencem, como nós.
Por isso tudo é um prazer imenso participar desse grupo que, partilha sua paixão pelo agro e por isso mesmo inspira outras tantas a seguirem adiante, no mesmo caminho.
*Maria Emília Souza Taddei, é empresária do agronegócio, associada do Sindicato Rural e integrante do Grupo Mulheres do Agro Araraquara
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