A Polícia Rodoviária Federal de pelo menos 13 estados relataram pontos de bloqueio em rodovias por todo criados pelos caminhoneiros, nesta quarta-feira (8), e outros 3 estados, sem considerar contudo que estejam atrelados a movimento orquestrado por alguma entidade sindical.
Aqui em Araraquara o ponto escolhido nesta noite de quarta-feira foi a Ceagesp, onde em suas proximidades, os caminhoneiros estabeleceram uma base inicial de controle visando engrossar o movimento. Um dia antes, a estratégia de paralisação foi o Posto Pau Seco para anunciar aos colegas que o Brasil pode parar, começando pelas estradas, em apoio a Bolsonaro e contra o Supremo (STF). Em efeito cascata pode atingir a área da alimentação.
Equipes da Polícia Militar e Polícia Rodoviária chegaram ao local para acompanhar a movimentação dos caminhoneiros que praticamente se repete a ocorrida tempos atrás, quando se concentraram no Posto Morada do Sol.
No país, a Polícia Rodoviária Federal já desmobilizou 117 pontos de bloqueio, segundo Ministério da Infraestrutura; a partir daí São Paulo também entrou na rota. Entre os estados afetados estão Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.
O ministério da Infraestrutura confirma que os bloqueios aconteceram e que já desmobilizou 117 pontos e que em dois pontos do Rio Grande do Sul o bloqueio das estradas chegou a ser total. Cerca de 55% das ocorrências aconteceram na região Sul. Em nota, o ministério diz que “não há coordenação de qualquer entidade setorial do transporte rodoviário de cargas e a composição das mobilizações é heterogênea, não se limitando a demandas ligadas à categoria.
A maior manifestação aconteceu em Santa Catarina. No Maranhão, os manifestantes fecharam rodovias em Balsas e a pauta seria protesto contra o Supremo Tribunal Federal, segundo informações da PRF.
Em nota, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística repudiou as paralisações, que acontecem em ao menos oito estados do país e disse que “trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos”.
