
Nascida no Santa Angelina, a profissional de Recursos Humanos (RH) Luciana Porsani após alguns anos voltou a residir no bairro recentemente. Com o trauma de um assalto sofrido por seus pais na região, instalou câmera, cerca elétrica e cuidou de todos os detalhes para ter tranquilidade em sua casa.

Entre as iniciativas tomadas por ela, está a criação de um grupo no whatsapp de vizinhança solidária, reunindo moradores próximos. “Os vizinhos toparam e o grupo foi aumentando gradativamente. Hoje temos cerca de 50 pessoas, residentes na Av. Professor Habbib Khodor e ruas Pedro Martini, Alexandre Mackenzie e Euclides dos Santos até próximo à avenida 54”, conta.
Ela lembra que a iniciativa existe em vários bairros da cidade e mesmo no Santa Angelina existem outros grupos de vizinhança solidária. “No Cambuí, por exemplo, havia muitos assaltos, até que moradores, revoltados com a situação, reuniram-se com a polícia, que os orientou. Hoje diminuiu muito a incidência de roubos no bairro”, analisa.
Luciana diz que a vizinhança solidária de sua área foi criada há três anos, em julho de 2018. Nesse período, além do conforto de se sentirem protegidos, os moradores já sentiram a sensação de segurança na prática. “Já conseguimos prevenir assaltos em estabelecimentos e no evitamos o furto no Posto de Saúde”, exemplifica.
DICAS PARA CRIAR SUA VIZINHANÇA SOLIDÁRIA
Coronel da reserva Paulo Henrique Giurizzato, um dos responsáveis pelo grupos do Santa Angelina, explica que esses grupos aproximam os vizinhos e facilitam a troca de informações em relação a movimentações estranhas em residências na mesma rua ou quarteirão. “Em caso de viagem, o morador pode informar a ausência ou mesmo se vai alguém cuidar da casa ou do cão, etc”.

O grupo do Santa Angelina, na região do Posto de Saúde, cresceu neste ano quando houve um aumento da criminalidade. Nele, as pessoas procuram se ajudar em relação à segurança da comunidade. “Se algum vizinho tem câmera de monitoramento pode ajudar caso o outro tenha a casa invadida, já que essas imagens podem ajudar a polícia nas investigações”, avalia.
Além disso, continua o policial, o grupo consegue ter um canal direto com a polícia militar. “Quem quiser ter um grupo de vizinhança solidária e precisar de orientação, deve buscar contato o comandante responsável da Companhia de Policiamento a qual seu bairro pertence e lá você serão passadas todas as informações necessárias para a efetividade do grupo e também poderá contribuir com a polícia na manutenção da segurança de sua vizinhança”, esclarece.
Giurizzato dá algumas dicas para quem quer criar o grupo em sua região. “Dentro do mesmo bairro podem haver vários grupos; Não pode ficar dando ‘bom dia’, ‘boa noite’, ter discussões religiosas ou partidárias; também não pode abranger uma região muito grande, pois perde a identidade e o interesse das pessoas”, adverte o policial, que reforça que o assunto deve a segurança da vizinhança.
Luciana Porsani conta que algumas postagens de pessoas que tem comércio são autorizadas, com critérios e sem exageros. Ela, além de criar o grupo em sua comunidade, no mês passado ajudou na criação de outro, no mesmo bairro, mais próximo a Avenida 36, com moradores residentes entre as ruas Manoel Rodrigues Jacob, Pedro Martini e Euclides dos Santos, até em torno da Avenida 44.