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Usinas se unem e anunciam recompensa de R$ 30 mil para quem denunciar incendiários dos canaviais

Em nota recebida pelo RCIA, que mantém editoria voltada para o agronegócio, o Grupo Moreno, um dos mais antigos em fabricação de equipamentos para usinas e controlados da usina homônima, oferece recompensa de até R$ 30 mil por informações relativas à autoria “dos incêndios criminosos ou não autorizados”.

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Maiores incêncios em canaviais ocorreram em Sertãozinho, Dumont e Pitangueiras

Incêndios em canaviais no interior de São Paulo continuaram nesta sexta-feira e têm colocado produtores de cana-de-açúcar, usinas, empresários e defesa civil regional, que já está em ação, em estado de alerta permanente. Segundo informações, o fogo começou em algumas cidades na quarta-feira (21) e em outras começou a se alastrar na quinta-feira (22).

Há investigação de que as causas dos incêndios possam ter sido intencionais e estradas vicinais e rodovias estão interditadas por segurança. Os maiores impactos foram em Sertãozinho, Dumont e Pitangueiras.

De acordo com informações do sargento Gomes, do Corpo de Bombeiros que atende a região, as estradas que vão de Jaboticabal para Ribeirão Preto e de Jaboticabal para Sertãozinho, devido as queimadas, estão sendo monitoradas e praticamente interditadas. ”As pistas estão com pouca visibilidade e em conjunto com a Polícia Militar decidimos fechar para segurança de todos”, disse em um grupo de WhatsApp, pedindo para que os moradores espalhem a informação.

O clima seco só piora a situação e o fogo se alastra com mais facilidade. Em Itatinga, o fogo também queimou um canavial de 300 mil metros quadrados, porém em contato com o Sindicato Rural da região, não há confirmação desse incêndio.

Em Sertãozinho, região metropolitana de Ribeirão Preto, o fogo forçou a evacuação da usina de cana-de-açúcar Bioparque Santa Elisa, ontem durante à tarde. Como medida de segurança, a polícia rodoviário interditou a rodovia SP-322, Armando de Sales Oliveira, que liga a cidade à capital.

A Raízen, empresa responsável pelo bioparque, informou em nota que o incêndio atingiu estoques de biomassa, equipamentos e uma área de preservação ambiental (APP). Os prejuízos e as perdas em volume da matéria-prima ainda não foram contabilizadas.

Desde quinta-feira, há uma força-tarefa com auxílio do Corpo de Bombeiros, além de brigadas internas para tentar conter e frear o fogo. A Raízen enfatizou, ainda, que não pratica queima de cana-de-açúcar e segue os protocolos ambientais do programa Etanol Mais Verde, que proíbe uso de fogo no final da colheita no Estado de São Paulo.

O fogo afetou linhas de transmissão de energia na região, além de outros municípios do entorno como Pitangueiras, Viradouro, segundo a CPFL Paulista.

O Grupo Moreno, um dos mais antigos em fabricação de equipamentos para usinas e controlados da usina homônima, ofereceu uma recompensa de até R$ 30 mil por informações relativas à autoria “dos incêndios criminosos ou não autorizados” que estejam acontecendo nas áreas de cultivo ou de vegetação nativa sob responsabilidade da empresa, como destacou em nota enviada à imprensa.

O grupo é responsável pela Central Energética Moreno de Monte Aprazível Açúcar e Álcool Ltda; Coplasa Açúcar e Álcool Ltda, entre outras.

Há rumores que o fogo atingiu ainda várias residências rurais atingidas, mas não há informação de mortes ou pessoas feridas ainda.

Os incêndios nas regiões norte e nordeste do Estado de São Paulo estão acima da média histórica desde 1988, onde estão os municípios citados e o parque canavieiro.

Dados monitorados pela seguradora ambiental Terrabrasilis, apontam que em agosto só na área nordeste do Estado há 19,5 mil focos de queimadas, enquanto a média era de 6,5 mil.

Na região norte paulista já foram detectados este mês 52,89 mil incêndios contra a média de pouco mais de 22 mil. (Isadora Camargo)

COMUNICADO DO GRUPO MORENO NESTA SEXTA-FEIRA

Comunicado do grupo enviado ao RCIA