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Atvos: comercialização de 2,3 milhões de créditos de descarbonização

Todas as unidades da empresa têm metas de redução de Intensidade de Carbono (IC), indicador que mede o volume de emissões de gás carbônico equivalente para cada unidade de energia gerada.

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A Atvos está presente em cinco polos produtivos localizados nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás

A Atvos concluiu no mês de março a certificação de suas oito unidades operacionais no RenovaBio, Política Nacional de Biocombustíveis que viabiliza o cumprimento dos compromissos do Brasil no Acordo de Paris. Com nota de eficiência energética média de 60 gCO2/MJ, foram auditadas quase a totalidade da cana-de-açúcar produzida e, com isso, a empresa terá potencial para emitir cerca de 2,3 milhões de créditos de descarbonização (CBIOs) no ano safra de 2020/21, que já começou.

“Estamos prontos para contribuir para o RenovaBio. O sucesso do programa representará uma ação efetiva no combate ao aquecimento global, impulsionará uma matriz energética de transporte mais limpa e, consequentemente, melhorará a qualidade do ar nas cidades brasileiras. Toda a sociedade é beneficiada”, enfatiza Amaury Pekelman, vice-presidente de relações institucionais e sustentabilidade.

A expectativa é gerar mais de 100 mil pré-CBIOs referentes aos meses de fevereiro e março.

ATVOS NO RENOVABIO

No processo de habilitação, a elegibilidade média das unidades da Atvos foi de 98%, ou seja, foram considerados dados de quase a totalidade de matéria-prima, somando cana própria e de terceiros. Isso permite abranger praticamente toda a produção de etanol produzido pela empresa.

“Só alcançamos esta amplitude por termos incorporado, desde 2012, a gestão das emissões de gás carbônico em todo o processo produtivo. O Renovabio representa mais um incentivo de melhoria do desempenho ambiental de nossos produtos”, explica Amaury.

Todas as unidades da empresa têm metas de redução de Intensidade de Carbono (IC), indicador que mede o volume de emissões de gás carbônico equivalente para cada unidade de energia gerada. No total, a Atvos impediu que 5,5 milhões de toneladas de gás carbônico fossem lançados na safra 2019/2020.

Considerando as notas de eficiência energética (NEE) e elegibilidade de todas as unidades, a Atvos está autorizada a emitir, em média, um crédito de descarbonização (CBIO) para cada 787 litros de etanol produzidos.

SOBRE A ATVOS

Presente em cinco polos produtivos localizados nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, a Atvos atua desde 2007 na produção de etanol, açúcar VHP e energia elétrica a partir da biomassa de cana-de-açúcar. Na safra 2018/2019, a empresa moeu 26,7 milhões de toneladas de cana, suficientes para produzir 2,08 bilhões de litros de etanol (anidro e hidratado), 212 mil toneladas de açúcar VHP e 2,8 GWh de energia elétrica (sendo 1,8 GWh exportáveis).

SOBRE O RENOVABIO

O RenovaBio é uma Política Nacional de Biocombustíveis, instituída pela Lei 13.576/2017 com objetivos de contribuir para os compromissos do Brasil no Acordo de Paris e incentivar a expansão dos biocombustíveis na matriz energética de transportes do país, com ênfase na regularidade do abastecimento de combustíveis. O programa assegura previsibilidade para o mercado de combustíveis e induz ganhos de eficiência energética e de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa na produção, comercialização e uso de biocombustíveis.

A partir das metas nacionais de redução de emissões, foram definidas metas individuais para os distribuidores de combustíveis fósseis que deverão adquirir Créditos de Descarbonização (CBIO) emitidos pelos produtores de biocombustíveis.

Por sua vez, os produtores de combustíveis limpos podem comercializar CBIOs a partir de certificação voluntária de sua produção e validação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Para isso, é necessário informar a quantidade de CO2 emitida em todo seu processo produtivo. Isso inclui da preparação do solo para o plantio de cana-de-açúcar até a emissão de gases de efeito estufa da frota utilizada na cadeia. O produtor recebe uma nota de eficiência energética que determina quantos litros de combustível são necessários para evitar a emissão de uma tonelada de CO2 na atmosfera. Esse valor equivale a um CBIO.