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Combustível limpo: cana-de-açúcar é o caminho para transição energética no Brasil

A Raízen vem ampliando o seu portfólio de combustíveis renováveis, com a presença do Etanol de Segunda Geração (E2G), biogás e biometano

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A Raízen, potência mundial, com Etanol de Segunda Geração - E2G

A cana-de-açúcar exerce um papel fundamental na transição energética, especialmente em um país como o Brasil, onde sua produção já está bem estabelecida e avança com soluções inovadoras. As vantagens de utilizar essa matéria prima são muitas: o etanol produzido por meio da cana-de-açúcar apresenta, em média, 80% a menos de emissão de gases de efeito estufa, se comparado à gasolina brasileira.

É também versátil, na medida em que, da mesma planta, podem ser feitos produtos para diferentes fins: do combustível (etanol anidro) ao hidratado e neutro, utilizado na produção de remédios, além de outras soluções, como açúcar e bioenergia.

É nesse contexto que a Raízen atua. Trata-se da terceira maior empresa do Brasil, de acordo com o ranking do Prêmio Valor 1000. A companhia se mantém como a principal empresa no setor sucroalcooleiro do país.

Grande parte de seus produtos provém, de fato, da cana-de-açúcar, que é processada em parques de bioenergia estrategicamente localizados e concentrados principalmente na região Sudeste do país, próximo aos maiores mercados consumidores do Brasil e com amplo acesso a terminais e portos.

“É a partir dela que a Raízen produz soluções inovadoras por meio de tecnologias avançadas e proprietárias, pautados pelos princípios da economia circular”, define o CEO da companhia, Ricardo Mussa.

ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO – E2G

Com base em uma infraestrutura bem-posicionada, a Raízen vem ampliando o seu portfólio de combustíveis renováveis, com a presença do Etanol de Segunda Geração (E2G), biogás e biometano, além do tradicional Etanol de Primeira Geração (E1G).

“Como maior produtor global de etanol de cana-de-açúcar, a Raízen enxerga o E2G como uma das maiores apostas para a transição de baixo carbono e, por isso, extrai o máximo do potencial energético da cana em seus bioparques para produção de bioenergia e bioprodutos capazes de contribuir com a descarbonização da economia, como o E2G”, reforça Mussa, que lidera a força-tarefa de transição energética e clima do B20 Brasil, organização que conecta a comunidade empresarial aos governos do G20, o grupo das maiores economias do mundo.

O E2G é produzido a partir de uma tecnologia proprietária da Raízen, que utiliza como insumo o bagaço da cana-de-açúcar, extraído do processo de produção do E1G e açúcar antes descartado. Em outras palavras, o resultado é que a pegada de carbono do E2G é 30% menor do que o E1G e 80% menor que a gasolina.

PARQUE DE BIONERGIA BONFIM

A companhia investiu nesta solução por acreditar no conceito de economia circular e no seu potencial de eficiência agrícola, capaz de elevar em cerca de 50% a capacidade de produção de etanol sem a necessidade de adicionar um hectare de terra, produzindo cada vez mais litros por tonelada de cana.

“A Raízen aposta no E2G pelo valor agregado três vezes maior do que o etanol hidratado. Em alinhamento com essa estratégia, investe em novas plantas, sendo o Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba, interior de São Paulo, a mais nova em operação”, informa o CEO.
Lançada ao fim de maio, com a presença de autoridades governamentais, a instalação reforça o potencial da cana-de-açúcar para soluções de descarbonização. Consiste, portanto, em uma forma de alcançar um futuro mais sustentável, com impactos diretos e indiretos para a sociedade como um todo.

É a maior planta de etanol celulósico do mundo, que reforça a posição da Raízen como a maior produtora de E2G do planeta e a única empresa a operar duas plantas de E2G em escala industrial, com capacidade total de 112 milhões de litros anuais.

Resultado do investimento de R$ 1,2 bilhão, o parque terá uma unidade de E2G com capacidade de produção de 82 milhões de litros por ano. “É um investimento especialmente interessante para a transição energética no longo prazo”, finaliza o CEO.