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Feplana lança manifesto contra abordagem equivocada do uso e modernização de defensivos agrícolas

Segundo a entidade o uso de defensivos agrícolas é uma questão de utilidade pública e que falta de informação, desconhecimento e má fé trazem prejuízos para a imagem do agronegócio nacional

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A Feplana representa 60 mil produtores e fornecedores de cana destinada às indústrias fabricantes de açúcar e álcool

A Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (FEPLANA), única entidade de classe do setor sucroalcooleiro contemplada, nominalmente, pela legislação brasileira, fundada em 12 de agosto de 1941 e congregando hoje 31 associações de plantadores de cana-de-açúcar, distribuídas por 13 estados brasileiros e representando 60 mil produtores e fornecedores de cana destinada às indústrias fabricantes de açúcar e álcool, manifestamos nosso repúdio contra os exageros do pensamento único e equivocado veiculado pela imprensa Nacional e do mal entendimento quando da abordagem sobre a utilização de defensivos agrícolas no Brasil,

Modelo errôneo de abordagem ao nosso setor se utilizando para isso, de paródias só traz prejuízos para a imagem do agronegócio nacional. E apenas servindo para colocar em dúvidas a qualidade dos alimentos dos alimentos produzidos em nosso País, mostra o desconhecimento de má fé não tratando devidamente a verdade. O correto é mostrar que dos 262 produtos registrados apenas sete são novos, com dois novos ingredientes ativos, demais são classificados como equivalentes, ou genéricos que vem de produtos já utilizado amplamente. Mais da metade dos produtos liberados são produtos técnicos, ou seja, destinados exclusivamente para o uso industrial. Destes, 14 são produtos biológicos e/ou orgânicos.

Nossa crítica em questão foca-se em um de seus programas humorísticos que veiculou uma paródia nominada “Sitio do Pica Pau com Sequela”. Entendemos que nela se reveste uma chacota com notória desinformação acerca da recente liberação de defensivos agrícolas, uma vez que a utilização de defensivos mais modernos, conforme demonstram os estudos e que defendemos, visa tornar o cultivo agrícola cada vez mais seguro para o consumidor, mais sustentável e viável economicamente.

Na versão trazida por tal paródia, não somente despreza tais questões técnicas, como também não demonstra a necessidade do registro desses novos defensivos agrícolas como sendo de fundamental importância para que o Brasil entre em uma nova era de modernidade, disponibilizando produtos com menos toxicidade e melhores para a população deste País e daqueles que aqui vêm comprar alimentos.

Contudo, apesar de nossa crítica ao setor de Entretenimento/humorístico da Rede Globo, reconhecemos, por outro lado, a sua significativa qualidade no tocante ao setor de Jornalismo, o qual é de grande contribuição social para o interesse público. O jornalismo, portanto, enquanto seu princípio social e no campo do conhecimento humano, deve-se pautar pelo pluralismo de versões, ou seja, dar espaço às múltiplas versões/visões da sociedade sobre os mais variados temas da esfera pública para não distorcê-los ou marginalizá-los, como assim merece ser tratado o tema da modernização dos defensivos agrícolas, dado o seu reflexo sobre a sociedade em geral.

Desse modo, por este assunto se tratar de algo de extrema importância social, pública e política, amplia-se ainda mais a responsabilidade da Rede Globo nesta abordagem, independente da versão/visão que cada um acredite ou defenda de forma individual ou coletiva, sobretudo porque abordar sobre defensivos agrícolas, seja pelo setor jornalístico ou não, tem seu rebatimento direto nas questões da produção, consumo e comercialização de alimentos, estas que são indispensáveis para a sobrevivência dos brasileiros e para os negócios comerciais internos e externos do Brasil com reflexos na saúde, socioeconomia e nas questões ambientais.

Portanto, embora seja um programa humorístico e dada às suas características inerentes de linguagem, cabe à Rede Globo tratar o tema do uso e modernização dos defensivos agrícolas com a devida responsabilidade social cuja a temática demanda e merece, não somente para o atendimento do interesse do setor agropecuário nacional, a exemplo do segmento da cana-de-açúcar, o qual somos representantes de milhares de produtores associados pelo Brasil, mas sobretudo para atender e contribuir com toda a sociedade que dependem dos produtos do campo para se alimentarem, logo, para sobreviverem, mas também nos benefícios dos seus mais diversos aspectos socioeconômicos, políticos e ambientais

ALEXANDRE ANDRADE LIMA
Presidente