
O presidente da Canasol – Associação dos Fornecedores de Cana de Araraquara, Luis Henrique Scabello de Oliveira, participa nesta quarta-feira (22) do evento de Liberação Nacional de Variedades – RIDESA, em Ribeirão Preto, representando a Feplana – Federação dos Plantadores de Cana do Brasil. O encontro marca a apresentação oficial de 18 novas cultivares de cana-de-açúcar, desenvolvidas pelas universidades federais que compõem a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (RIDESA BRASIL).

O evento reúne pesquisadores, produtores, técnicos e parceiros do setor sucroenergético para celebrar o avanço no melhoramento genético da cana-de-açúcar no país. A RIDESA, criada em 1990 para dar continuidade ao trabalho do antigo Planalsucar, consolidou-se como a responsável pelo desenvolvimento das variedades RB (República do Brasil), que atualmente ocupam cerca de 60% da área de cana plantada no Brasil. Fazem parte da rede 10 universidades federais: UFAL, UFV, UFSCar, UFRPE, UFRRJ, UFPR, UFG, UFMT, UFS e UFPI.
Luis Henrique Scabello de Oliveira durante o evento destacou a importância da rede e a parceria histórica da Canasol com uma das instituições integrantes. “A excelência do trabalho da Ridesa proporcionou a liderança das variedades RB na área plantada com cana. Em reconhecimento, a Canasol possui uma antiga relação de parceria com a UFSCar para distribuição de novas variedades de cana aos nossos associados”, afirmou.
O representante da Feplana também ressaltou o papel crucial dos programas de melhoramento da cana-de-açúcar para a liderança do Brasil na produção da gramínea. Contudo, alertou para os novos desafios que se impõem ao setor, como as mudanças climáticas, o surgimento de novas pragas e doenças, e a necessidade urgente de um salto de produtividade.

Em particular, Luis Henrique mencionou a concorrência crescente do etanol de milho, cujo custo de produção é significativamente menor (cerca de dois terços do custo do etanol de cana). Para enfrentar esses desafios e garantir a competitividade do setor, o presidente da Canasol evidenciou a importância do apoio legal e financeiro à pesquisa.
“Atualmente, a Feplana tem trabalhado, juntamente com as demais entidades do Agro e programas de melhoramento, para a aprovação do projeto substitutivo para a Lei de Cultivares. Essa Lei proporcionará recursos e garantias legais para o melhoramento genético das plantas”, concluiu Luis Henrique. As 18 novas variedades lançadas prometem contribuir diretamente para a busca por maior produtividade e resistência, essenciais para a sustentabilidade futura do setor sucroenergético nacional.
