O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) publicou no Diário Oficial da União o registro de 44 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, sete são considerados de baixo impacto.
“O Ato de registro do Ministério da Agricultura e Pecuária garante mais opções de produtos para controle de pragas na agricultura”, destaca o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, José Victor Torres.
Dos sete produtos biológicos registrados na data de hoje, cinco são destinados para a agricultura orgânica à base de Trichoderma atroviride, Trichoderma viride, Telenomus podisi e Baculovirus. Os outros dois produtos de baixo impacto são compostos por Pseudomonas oryzihabitans e Trichoderma atroviride.
O produto a base de Trichoderma atroviride se destaca por ser o primeiro produto registrado a base desse princípio ativo. Para o produtor é mais uma ferramenta para controle de Sclerotinia sclerotiorum, popularmente chamada de mofo branco, que afeta várias culturas como, por exemplo, abóbora, alface, batata, berinjela, feijão, melancia, melão, pepino, soja, dentre outras.
Os produtos fitossanitários aprovados para a agricultura orgânica foram registrados com base em Especificação de Referência (ER). Os produtos registrados com base em especificações de referência podem ser usados em qualquer cultura com ocorrência dos alvos biológicos e são indicados tanto para os cultivos orgânicos, quanto para os convencionais.
Os defensivos de baixo impacto, além de serem eficientes do ponto de vista agronômico, apresentam baixo ou nenhum impacto sobre a saúde humana e o meio ambiente, e o seu uso vem ganhando cada vez mais espaço na produção agrícola brasileira.
Dos produtos químicos registrados, tem-se um herbicida em que um de seus ativos é o Aminociclopiracloro. Esse é um ativo novo para controle de diversas plantas daninhas em pastagens.
Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.
“No ano de 2023 já se somam 66 produtos registrados, sendo 15 de baixo impacto com nove deles autorizados para agricultura orgânica. Comparando com o ano de 2022 já tivemos um incremento de 3 produtos de baixo impacto, uma vez que no ano anterior foram registrados nesse mesmo período 12 produtos de baixo impacto. Isso demonstra o quanto vem crescendo a cada ano o registro de agrotóxicos de base biológica”, destaca Torres.
Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.