
A safra brasileira de café em 2025 se aproxima do fim (com 96% da colheita concluída), sob o ciclo de bienalidade negativa, porém apresentando desempenho positivo, segundo relatório do Departamento Técnico e Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp). A terceira estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que a produção nacional deve alcançar 55,2 milhões de sacas beneficiadas, volume 1,8% superior ao registrado em 2024.
A área total destinada à cafeicultura em 2025 soma 2,25 milhões de hectares, o que corresponde a uma expansão de 0,9% frente ao ano anterior. Desse total, 1,86 milhão de hectares estão em produção, com redução de 1,2%, enquanto as lavouras em formação registraram acréscimo expressivo de 11,9%, alcançando 395,8 mil hectares.
A safra de café arábica em 2025 deve alcançar 35,2 milhões de sacas beneficiadas, resultado 11,2% inferior ao do ano anterior. A retração é explicada pelo ciclo de baixa bienalidade e pela redução da área em produção, hoje em 1,49 milhão de hectares. Apesar disso, a expansão das lavouras em formação, que cresceram 12,3% e somam 353,1 mil hectares, sinaliza perspectivas de recuperação nos próximos ciclos. Com 1,84 milhão de hectares cultivados, o arábica representa mais de 80% da cafeicultura nacional, com destaque para Minas Gerais, responsável por três quartos dessa área, seguido por São Paulo.
Já no conilon, o desempenho é significativamente melhor, com estimativa de 53,8 sc/ha, um aumento de 37% frente ao ano anterior, favorecido pelo clima mais regular e pela boa formação dos frutos, apontou o relatório. A produção de café conilon em 2025 está estimada em 20,1 milhões de sacas beneficiadas, um expressivo crescimento de 37,2% frente à safra anterior. Esse aumento é indicativo da recuperação das perdas do ano anterior, que ocorreram em razão das fortes ondas de calor e da consequente redução do potencial produtivo dos cafeeiros, apesar da bienalidade positiva.
O avanço no ciclo atual do conilon é atribuído às condições climáticas mais regulares durante as fases críticas, que favoreceram a floração e resultaram em melhor formação dos frutos. A espécie ocupa 415,6 mil hectares, dos quais 372,9 mil estão em produção e 42,7 mil em formação. O Espírito Santo concentra a maior área cultivada, com 286,7 mil hectares, seguido por Bahia e Rondônia, com 51,5 mil e 47,8 mil hectares, respectivamente.
Para informações mais detalhadas do relatório, clique aqui. Mais informações sobre as principais culturas do Brasil e do estado de São Paulo vá ao Painel de Dados, no portal da Faesp.