Todo o processo é comandado por um programa de computador e,a partir de um banco de dados de cada animal é possível aumentar a produção e reduzir custos.
Enquanto produtores de leite de todo o Brasil estão insatisfeitos com o baixo preço pago pelo litro do produto,um pecuarista do Rio Grande do Sul fez um investimento milionário e montou umafazendarobotizadaparaconseguirumleitecommaisqualidadeevalordemercado.
A propriedade fica no município de Paraí, no norte do Rio Grande do Sul. Há cinco anos, o pecuarista Ezequiel Nólio decidiu investir na compra de um robô holandês para resolver um gargalo comum na pecuária leiteira: a falta de mão de obra.
A automação trouxe vantagens imediatas, relata o produtor. “Nós tivemos um incremento de 8 litros por vaca ao dia. As vacas são ordenhadas mais vezes ao dia, há uma redução no consumo de ração comparada com a ordenha feita pelo ser humano, pois cada vaca recebe a ração conforme a produção”.
Todo o processo é comandado por um programa de computador e, a partir de uma banco de dados de cada animal é possível aumentar a produção e reduzir custos.
A central controla desde o funcionamento da bomba de vácuo, o processo de limpeza , a ordenha em si, além da análise do leite e o descarte do que for impróprio para o consumo.
“Cada mangueira dessa é uma teta da vaca, o leite chegou aqui já está todo analisado, com toda a composição do leite, gordura, proteína, temperatura do leite. Se o leite estiver aguado, mastite, qualquer alteração, ele é descartado, o leite é todo feito por circuito fechado e não tem interferência humana”, disse Ezequiel.
No caso do Ezequiel, uma cooperativa da região paga R$ 1,90 por litro, bem acima da média nacional e, por isso, ele está muito otimista com o futuro.