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Produtor realiza projeto para plantio mecanizado

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Cana Ribeirao 117

Luiz Carlos Dalben apresentou seu caso de sucesso no 21º Seminário de Mecanização e Produção de Cana, realizado pelo Grupo IDEA em 27 e 28 de março

Cana Ribeirao 117Luiz Carlos Dalben, diretor da Agrícola Rio Claro, de Lençóis Paulista

“Agora em 2019, completa-se 50 anos que o homem foi para a Lua, enquanto isso, no nosso setor, há quem esteja abandonando a máquina para voltar a plantar manual, porque não consegue obter bons resultados com a mecanização. Para mim, o abandono do uso da máquina é um retrocesso, o que falta ao nosso setor é persistência para enfrentar as dificuldades, buscar soluções para melhorar o processo. Fiquei sabendo de usinas que contrataram 800 pessoas para o plantio. Isso não é sustentável, uma hora ou outra terá de rever essa solução. A mecanização é um caminho sem volta, o que precisamos é: setor e empresas fabricantes, tornar as máquinas mais eficientes e treinar equipes para fazer bem-feito”, salientou Luiz Carlos Dalben, diretor da Agrícola Rio Claro, de Lençóis Paulista, SP, durante sua palestrano 21º Seminário de Mecanização e Produção de Cana, realizado pelo Grupo IDEA nos dias 27 e 28 de março, em Ribeirão Preto, SP.

A Agrícola Rio Claro, com 8,5 mil hectares com cana, fornecedora do Grupo Zilor, é campeã de produtividade entre as agrícolas que estão em áreas com solos restritivos, com baixa fertilidade. Entre os fatores para este bom resultado, está as adaptações em máquinas ea invenção de implementos por parte deDalben, conhecido como “Professor Pardal do setor”.

Em sua palestra “Um projeto de engenharia para plantio mecanizado de cana com qualidade”, Dalben apresentou as adaptações que fez na plantadora, como a substituição do trocador. A Rio Claro planta cerca de 500 hectares de cana por ano, tudo com máquina e com média de 10,6 toneladas de cana-muda por hectare.

O produtor utiliza agricultura de precisão, toda a área é sistematizada, realizou adaptações em máquinas e implementos para que haja pisoteio nas linhas de cana, ao invés de meiosi adotou um sistema de faixose, uma faixa cana e outra com adubação verde. Mas Dalben salientou que o principal fator para a mecanização com qualidade é a conscientização, a qualificação, o treinamento da equipe. “Se as pessoas não estiverem envolvidas, comprometidas, não haverá sucesso”.

 O Corte, Transbordo e Transporte (CTT) é responsável por 35% do custo de uma tonelada de cana. Por isso, é fundamental fazer de forma correta, para reduzir o custo. E isso é possível. Mas e fundamental o envolvimento da equipe”, diz Dib Nunes, presidente do Grupo IDEA. Na abertura Dib ressaltou a importância da mecanização para a lavoura canaveira e a sua evolução para melhorar o processo.