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Raízen investe R$ 345 milhões para ter frota agrícola 5% menor, mas mais eficiente

Seguindo o guidance de investimentos da empresa, mesmo o país ainda vivendo um momento muito crítico e repleto de insegurança, a Raízen não recuou e manteve seus investimentos ativos

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Para otimizar os recursos e obter maior eficiência, a empresa busca nos mais diversos parceiros o que há de mais inovador no mercado

A Raízen, maior processadora global de cana-de-açúcar, iniciará a safra 2021/22 com maquinário agrícola renovado após investimentos de R$ 345 milhões, o que permitirá à empresa reduzir custos, com uma frota 5% menor, mas mais eficiente.

“Isso só está sendo possível devido ao tipo de maquinário e caminhões, devido à tecnologia contida neles e por serem equipamentos mais modernos e de alta performance”, afirmou a empresa, joint venture da Cosan e da Shell, à Reuters.

A Raízen poderá aumentar a moagem para até 64 milhões de toneladas no ciclo 2021/22, segundo meta divulgada anteriormente.

“Seguindo o guidance de investimentos da empresa, mesmo o país ainda vivendo um momento muito crítico e repleto de insegurança, a Raízen não recuou e manteve seus investimentos ativos”, afirmou a empresa, ao detalhar o aporte. “Enquanto vemos no setor diversas empresas congelando aportes e movimentações, a Raízen, por meio de um investimento desse porte, conseguirá reduzir a sua frota e ainda ampliar a sua eficiência”.

O montante foi investido em mais de 500 equipamentos, como colhedoras, carretas e caminhões (cavalo mecânico) canavieiros, além de caminhões semiautônomos – uma novidade na operação agrícola, que passará a utilizá-los no transbordo da cana-de-açúcar.

Para otimizar os recursos e obter maior eficiência, a empresa busca nos mais diversos parceiros o que há de mais inovador no mercado, explicou o diretor de suprimentos da Raízen, Henrique Nakamura.

O investimento, disse a Raízen, reforça o trabalho para o desenvolvimento de novas soluções e tecnologias, que permitirão redução acentuada em gastos com combustíveis.

Para os caminhões que passarão a operar na frente de colheita, por exemplo, essa redução pode chegar a cerca de 40% em relação à operação atual, segundo a empresa.

“Com esta negociação, a Raízen conta com a máxima eficiência na área agrícola de suas 26 unidades de produção de etanol, açúcar e bioenergia”, destacou o gerente corporativo de operações agrícolas da Raízen, Rodrigo Morales.

Os equipamentos serão distribuídos por diversas unidades: os caminhões de transbordo, que são os semiautônomos, serão alocados nas unidades Barra, Banalcool, Caarapó, Ipausú, Jataí, Junqueira, Paraíso, Santa Cândida e Serra.

Fonte: Reuters