“A reforma tributária, que vem sendo discutida no Congresso Nacional, pode aumentar os custos de produção da soja em 7,48%, do milho em 9,65% e do algodão em 8,96% e isso implicaria em uma redução de cerca de 29% da renda bruta do produtor, na média”. O alerta é do presidente do Instituto do Agronegócio, Isan Rezende, com base em dados divulgados pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT).
Os dados da Sefaz são ainda mais nefastos para alguns produtores. Por exemplo para os produtores de soja, a queda seria de 45%, enquanto no milho e no algodão a renda bruta cairia 20%.
“Além dos custos de produção, a reforma tributária, caso seja aprovada da forma tá, vai ainda aumentar a burocracia, porque a grande maioria dos produtores vão ter que fazer escrituração fiscal, que hoje não faz, e ainda provocar aumento real de impostos, onerando ainda mais esse setor, que é tão importante para o país e para as exportações brasileiras”, observou Rezende.
Segundo Rezende, embora a reforma busque simplificar o sistema de arrecadação de impostos, é fundamental avaliar os impactos específicos para o agronegócio, considerando sua relevância para a economia nacional e as exportações do Brasil.
Isan ressaltou a importância do agronegócio como motor da economia brasileira, responsável por gerar empregos, impulsionar o crescimento. E destacou a necessidade de um diálogo amplo e transparente entre o governo, os representantes do agronegócio e demais setores da sociedade, a fim de encontrar soluções que promovam o desenvolvimento sustentável do setor sem prejudicar sua competitividade.
O presidente do Instituto do Agronegócio reforçou a importância de se buscar alternativas que simplifiquem e desburocratizem o sistema tributário, sem sobrecarregar os produtores rurais e comprometer a rentabilidade do agronegócio, promovendo o desenvolvimento sustentável do país como um todo.