Com aulas teóricas no Sindicato Rural e práticas na Usina São Martinho (Santa Cruz), o Senar apresentou aos seus instrutores a cartilha que regerá os cursos para operadores em pá carregadeira.
Orientações técnicas sobre a operacionalização da máquina
Uma cartilha que descreve a atividade da pá carregadeira foi apresentada em abril aos instrutores do Senar SP em Araraquara e a partir de junho, os cursos de capacitação serão oficialmente lançados dentro da grade, preparando os trabalhadores rurais para a função. Na verdade, comentou João Henrique de Souza Freitas, coordenador regional do Senar em Araraquara, o encontro de quase duas dezenas de instrutores serviu para mostrar a apostila, apresentar normas formatadas e esclarecer questionamentos sobre um dos serviços mais requisitados atualmente no mercado de trabalho.
A cartilha foi elaborada pelos instrutores Edval Piatti, Marcelo Baccar Lopes e Rui Manuel Sousa de Oliveira Marrecas e sua apresentação em Araraquara foi acompanhada por Jarbas Mendes da Silva, técnico da Divisão Técnica de Formação Profissional Rural do Senar. O ponto básico da reunião no auditório do Sindicato Rural em Araraquara, segundo João Henrique, foi de que a operação com a pá carregadeira não é tão simples, pois exige conhecimento técnico e habilidade para execução das tarefas pertinentes ao seu trabalho. Para isso, o operador terá de preparar e manter a pá carregadeira adequada para as atividades do dia a dia.
“Fizemos a cartilha com base na parte operacional, como trabalhar com a máquina e quais os recursos que ela oferece”, salientou Rui Marrecas, um dos articuladores deste documento; além disso, foi debatida a segurança na operação dada a necessidade de se buscar formas ideais de realização do serviço e que os trabalhadores possam assimilá-las com facilidade.
Jarbas Mendes da Silva é técnico da Divisão Técnica de Formação Profissional Rural do Senar
Ele também enfatizou que não basta apenas saber operar a pá carregadeira, mas ter o conhecimento da legislação de trânsito, segurança, higiene, normas regulamentadoras vigentes, preservação do meio ambiente, postura (ergonomia) e precauções de acidentes no trabalho. “Isso fará com que o operador aumente a vida útil da máquina e previna-se de acidentes no campo”, lembrou o instrutor.
Como existem muitas marcas e modelos de pá carregadeiras, o Senar, segundo Rui Marrecas, tem se preocupado em acompanhar as tendências. Por isso é que durante o curso o palestrante – que também é instrutor – recomendou que seja exigido na implantação dos programas, que o trabalhador tenha sempre em mãos o manual do operador específico da máquina que ele estiver operando e que ele deve sempre consultá-lo. “Isso ajuda o operador a sanar possíveis dúvidas com relação ao bom funcionamento da pá carregadeira”. Torna-se imprescindível o uso do manual pois o avanço da tecnologia nem permite comparar uma pá carregadeira do passado com a que está hoje no mercado: “Muitas vezes o operador por falta de conhecimento, deixa de fazer uso disso; então, nós do Senar, temos que levar essa informação para que ele consiga extrair da máquina todos os recursos que ela oferece com relação a parte de operações”, completou.
Durante a apresentação da cartilha foi comentado o acesso feminino ao trabalho rural, antes com atividades realizadas apenas pelo homem. “A mulher no campo consegue desenvolver o serviço com muito mais destreza, além disso, a produtividade da mulher consegue ser maior e a máquina é melhor cuidada. “Ela na verdade usa a sua sensibilidade e com isso consegue dar à máquina maior durabilidade”, ponderou o instrutor.
Encerramento do curso realizado para os instrutores, com aulas práticas na Usina São Martinho