Vimos, na última semana, notícias que, mais uma vez, doerão no bolso de nós araraquarenses.
Reajuste de 9,68% do IPTU 2022, reajuste no mesmo percentual na taxa de lixo do DAAE que é cobrada em nossa conta mensal de consumo de água e, por fim, o reajuste de 7,14% na tarifa na Área Azul. Como se não bastasse o reajuste significativo de 2018, em face da atualização da planta genérica, agora outra paulada.
É sabido que a máquina pública não pode parar e, sob esse pretexto, a prefeitura novamente esfola o contribuinte. Mais uma vez, como muitos governantes Brasil afora estão fazendo, a desculpa é a pandemia.
Como se não bastassem os inúmeros lockdowns havidos nos últimos 2 anos na cidade, em razão da pandemia da Covid-19, que quebrou vários comerciantes e empresários, além de gerar inúmeros desempregos, notamos que a pesada conta de manter a máquina funcionando normalmente só sobra para nós contribuintes.
Empréstimos milionários foram feitos nos últimos anos para realizar “investimentos” na cidade, tudo sob aval da maioria dos vereadores da Câmara Municipal, corresponsável por tudo isso que está acontecendo, pois muitas das mazelas que teremos que assumir passam pela aprovação da Casa Legislativa. E isso faz aumentar ainda mais a dívida pública municipal que já passa de meio bilhão de reais.
O triste disso tudo é não ver nenhuma medida de contenção de gastos a ser adotada pela administração pública, cortando na própria carne para aliviar um pouco o cidadão, tal como a redução de salários dos comissionados, corte de cargos dessa natureza, dentre outras coisas. Afinal, enxugar a máquina pública é uma das alternativas.
Comerciantes, empresários e trabalhadores que não tiveram o mesmo percentual de reajuste salarial, bem como os próprios funcionários públicos municipais, devem estar, como eu, revoltados com tais medidas. E o repasse desses aumentos virá no preço dos produtos e serviços. Notório se percebe que os “cumpanheiros” não podem ficar desempregados, mas nós, contribuintes, mais uma vez, teremos que pagar essa fatura.
Para a prefeitura administrar suas contas, também deveria valer aquele ditado: “a economia a gente vê depois”. Só que não.
*Wagner Tadeu Silva Prado, é Coronel da Reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo e foi candidato a vice-prefeito do Dr. Lapena nas eleições de 2020 pelo Partido Podemos
**As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do RCIARARAQUARA.COM.BR