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A Ferroviária já não tem a mesma transparência dos outros tempos

Por Sônia Maria Marques

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Desde que transformada em sociedade anônima, onde acionistas são considerados donos, a Ferroviária tem mostrado um comportamento administrativo que foge à realidade da sua história. Vive sob os efeitos de segredos e quando há perguntas não são dadas as devidas respostas. Num português mais claro falta transparência nas suas atitudes ou simplesmente virando as costas para a imprensa, que nos tempos mais doloridos da sua caminhada de quase 70 anos, soube colaborar, ajudar e não esconder seus projetos, muitos deles comprometidos com o auxílio de recursos públicos, o que é expressamente proibido por ser ela empresa privada e com fins lucrativos.

Ora, quantas vezes – José Roberto Fernandes, dos Campeões da Bola da Cultura – única equipe esportiva a acompanhar a Ferroviária por cerca de 30 anos, não teve que se curvar ante os segredos exigidos por dirigentes e acionistas, ou atitudes indelicadas que se resumem à entrevistas coletivas como se fosse a Ferroviária, um Barcelona?

Composta por acionistas que criaram um “conceito de privacidade” aos seus nomes, a Ferroviária já não tem a mesma transparência dos tempos de Aldo Comito, Antonio Parelli Filho, Milton Cardoso, Mário Malara, vivendo agora enclausurada em negócios políticos e financeiros  guardados sob 7 chaves. Com a chegada de novos donos quem sabe até piore, pois os que chegam enxergam apenas moedas e pouco lhes importa a quantidade de seguidores que o time terá nos seus dias de jogos. Fabricar jogadores é mais rentável.

*Sônia Maria Marques, é jornalista

** As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem,necessariamente, com as do RCIARARAQUARA.COM.BR