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Home Artigo

A imortalidade e o provérbio chinês

Por Luís Carlos Bedran

04/08/2019
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    O homem não se conforma em ser mortal. Ele crê ser diferente dos outros seres mortais, ele não se considera fazendo parte dos seres que integram o inevitável ciclo da vida e da morte. Ao contrário, julga, arrogantemente, pertencer a uma espécie única, privilegiada do universo. Todos os seres vivos morrerão um dia e tornar-se-ão pó.

    Ele não, vai mais além, muito além da morte comum, pois crê na imortalidade da alma, ou do espírito — que define a seu bel prazer. Acredita, porque é inteligente, porque é racional. Nisso ele supera os demais seres, que julga irracionais, muito embora a ciência atual esteja provando que a inteligência não é exclusiva do ser humano.

    Mas a razão é uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo que eleva o homem às alturas, ela o conduz à angústia existencial da qual raramente consegue escapar. E suas fugas podem ser encontradas ou na religião, na filosofia ou até mesmo em ambas ao mesmo tempo.

    Se o pensar demais para ele torna-se doloroso, procura reagir com o não-pensar, o que não deixa de ser uma forma de pensar, mas esta possui uma vantagem especial: a ausência de angústia, com a ausência da razão. Então, ele livra-se da pungente condição humana em permanente crise existencial com o viver, pura e simplesmente.

    Como ele é um inconformista, com sua breve passagem pela vida, tenta escapar dessa sua mediocridade. Para isso acredita piamente na imortalidade, não de seu corpo, nem de sua carne, mas de sua alma, de seu espírito. Ele tem de ser, quer ser diferente dos animais, pois estes não possuem alma. Ele sim. Aqueles morrem; ele tem uma sobrevida espiritual, pois para isso ele pensa.

    Essa é uma das grandes molas da religião, além da crença na existência de Deus, que supostamente o criou, à sua imagem e semelhança, pois não basta apenas acreditar Nele: há de se acrescentar também a crença na imortalidade da alma, de seu espírito. Encontrou-se uma fórmula ideal para se passar pela vida sem tanta turbulência, sem tanta dúvida: crer num ente supremo e na imortalidade do espírito.

    Mas sem querer aprofundar-se no assunto — o que é a alma, o que é o espírito? — o homem acha que encontrou também uma outra forma de escapar da mortalidade, ou, pelo menos, de protelá-la ao máximo possível. E a maneira encontrada foi a de tentar aplicar um antigo provérbio chinês, que não é apenas uma receita de realização pessoal, mas, sobretudo, o da vã pretensão de tentar alcançar a imortalidade, e que é a de ter filhos, plantar uma árvore e escrever um livro.

    Então, ter filhos não é somente propagar sua espécie, sua raiz genética, mas também procurar ser lembrado por sua descendência, que pode ultrapassar gerações; da mesma forma, plantar uma árvore, querendo provar que não somente fez algo de útil à humanidade, mas também esperar ser lembrado por isso por muito tempo e finalmente escrever um livro, que é não somente contar sua experiência pessoal, mas também e principalmente legar aos pósteros o seu pensamento.

    Se ele não acreditar nem em Deus, e menos ainda numa vida futura após a morte, tentará aplicar aquele provérbio. Mas aí também ele estará enganando-se a si próprio, pois, mesmo que consiga realizar seus desejos — ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore —, assim mesmo não conseguirá atingir seu objetivo máximo, que é o de ser lembrado eternamente, o que significa não morrer na memória dos outros.

    Porque tanto sua descendência, quanto sua obra são transitórias. Ele será lembrado por algum tempo, mas não durante todo o tempo. No máximo por uma ou duas gerações e aí então cairá no esquecimento eterno. Na terceira ou quarta geração, vagas serão as lembranças, além do que a árvore um dia morrerá, nem sempre produzirá frutos e o seu livro talvez será encontrado num sebo de quarta categoria, isso se não for vendido por quilo para reciclagem de papel. Essa é a regra.

    Há exceções. A obra de Platão permanece há 2500 anos, os livros clás- sicos perduram, mas um dia também serão deixados de lado. Seus descendentes já se foram há muito, restando apenas seus ensinamentos na memória dos homens. E as sequoias são árvores fósseis, de outras eras.

    De onde chega-se à inevitável conclusão de que a imortalidade não existe mesmo. Por isso o homem precisa deixar de querer ser Deus para recolher-se à sua humilde condição de um simples mortal, como todos os outros seres vivos do universo.

    Luís Carlos Bedran, sociólogo, jornalista e cronista da Revista Comércio, Indústria e Agronegócio de Araraquara / RCIARARAQUARA.COM.BR

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    Ivan Peroni

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